Na noite da última segunda-feira (07), aconteceu o coletivo da Assistência Social no SISMUC, que reuniu servidoras e servidores para discutir as graves condições de trabalho enfrentadas na FAS.
O déficit no número de profissionais tem gerado sobrecarga, assédio moral e adoecimento físico e mental. Quando o descaso institucional se torna frequente, quem sofre são os trabalhadores e a população que depende dos atendimentos. Diante disso, o grupo discutiu a urgente necessidade de construção de um programa psicossocial voltado aos servidores da assistência, repaginando o antigo programa Cuidando do Cuidador. É essencial que haja um mecanismo efetivo de acompanhamento da saúde do trabalhador.
Também foi pauta da reunião a criação de um protocolo de atendimento para as unidades da FAS, a regulamentação do SUAS em Curitiba — ainda ausente, o que mantém a política social em um estado de amadorismo. Há 20 anos, desde que o SUAS foi concebido, lutamos pela sua regulamentação e implementação no municípi.
O grupo também apontou a necessidade a revisão do remanejamento dos servidores da FAS, bem como as condições precárias dos abrigos para a população em situação de rua. Recebemos relatos alarmantes sobre infestação de pragas, chuveiros quebrados e alimentação inadequada.
O coletivo ainda dialogou sobre as conferências da assistência social. Foram retomadas as propostas construídas na Conferência Livre, que aconteceu no mês passado no SISMUC, e serão encaminhadas na Conferência Municipal, marcada para esta semana, 10 e 11 de julho.
Os desafios expostos pelo coletivo serão deliberados em reunião com o presidente da FAS, Renan de Oliveira Rodrigues e também serão ponto de discussão com a gestão municipal em mesa de negociação da pauta específica da categoria.