Categoria exige reajuste de 7,53% para toda a tabela e pagamento retroativo das diferenças acumuladas desde outubro de 2023 até março de 2025. Professores apontam que complementação não é valorização!
Organizados no SISMUC, os professores de educação infantil cobram que a Prefeitura Municipal aplique o reajuste salarial aprovado pelo Ministério da Educação (MEC) em 29 de janeiro de 2025, que estabelece o valor de R$ 4.867,77. Para os professores da rede municipal de Curitiba, isso corresponde a um reajuste de 7,53%, equivalente a R$ 340,89 mensais no inicial da carreira. A categoria alerta que, até o momento, o reajuste não foi refletido nos salários, resultando em uma defasagem salarial que impacta diretamente a valorização e a qualidade de vida dos trabalhadores da educação. Vale destacar que no próximo domingo, 23 de março, comemora-se o Dia Nacional do Piso Salarial dos Professores.
O SISMUC e os servidores destacam que o percentual de 7,53% deve ser aplicado imediatamente em toda a tabela salarial, garantindo que o vencimento inicial seja ajustado conforme o valor do PSPN. A Lei Municipal nº 16.201/2023, que fixou o vencimento inicial dos professores de Educação Infantil em R$ 4.526,88 desde outubro de 2024, contribui para essa disparidade. A diferença entre o valor praticado pela Prefeitura e o estipulado pelo PSPN implica em perdas significativas para a categoria.
Além da aplicação imediata do reajuste, o SISMUC e os professores exigem o pagamento retroativo das diferenças acumuladas desde outubro de 2023 até março de 2025. O reajuste foi aplicado apenas de forma complementar, ou seja, exclusivamente para os profissionais que recebiam abaixo do valor estipulado pelo piso nacional. É importante ressaltar que o pagamento realizado em de forma complementar não simboliza valorização dos trabalhadores, uma vez que o valor não será computado para fins de aposentadoria. O valor retroativo corresponde a 0,83 remunerações, ou 83% do valor de cada remuneração de professor, resultando em uma perda considerável para os profissionais.
Juliana Mildemberg, coordenadora geral do SISMUC, destaca a mobilização da categoria: “Neste 23 de março, os professores da Educação Infantil de Curitiba estarão mobilizados, cobrando o pagamento integral do piso. Eles exigem que a Prefeitura cumpra com a legislação federal e pague o que lhes é de direito.” Ela reforça ainda que “a Prefeitura não pode tratar o pagamento do piso como uma mera complementação. Os professores da Educação Infantil desempenham um papel essencial na formação das crianças e merecem uma remuneração justa e condizente com sua importância.”
Entenda
Para ilustrar a magnitude da defasagem, o SISMUC, com o apoio de sua assessoria econômica, calculou as diferenças salariais em diversos períodos: de outubro a dezembro de 2023, de janeiro a setembro de 2024, de outubro a dezembro de 2024 e de janeiro a março de 2025. O valor total retroativo estimado para os 4.631 professores da rede de Educação Infantil de Curitiba chega a R$ 3.985.679,78. Com a correção da tabela vigente desde outubro de 2024, esse valor é atualizado para R$ 4.065.992,02.
As discrepâncias salariais entre o PSPN e o vencimento inicial praticado pela Prefeitura são evidentes, especialmente devido às datas-base distintas: enquanto a data-base dos servidores municipais de Curitiba é em outubro, a do PSPN é em janeiro. Essa diferença nas datas gerou distorções nos pagamentos, resultando em perdas financeiras para os professores.
Ato dos professores na próxima segunda: