No último domingo (09), o SISMUC agitou a feirinha do Largo da Ordem com o lançamento da campanha de lutas dos servidores e das servidoras municipais. “Curitiba de Verdade, a cidade além das promessas” é o nome da nova campanha que tem como objetivo mostrar a realidade da nossa cidade, que é bem diferente daquela propagandeada pela Prefeitura.
Apresentação teatral, entrega de marmitas e conversa com a população
Além da panfletagem do material com os conteúdos produzidos para o jornal da campanha, o ato também contou com apresentação teatral dos alunos do curso de teatro do Lala Schneider e distribuição de marmitas feitas pelo Marmitas da Terra — preparados com alimentos saudáveis, muitos deles agroecológicos, produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Resgatamos o Curitiba de Verdade, uma publicação impressa que foi entregue à população curitibana entre 2009 e 2018. A ideia dessa publicação era disseminar para a sociedade os problemas que acontecem dentro do serviço público de Curitiba, de uma maneira que a população entendesse que a má gestão impacta tanto quem é servidor como quem não é.
“Reformulamos o Curitiba de Verdade, sabendo que a maneira de comunicar do SISMUC passou por transformações. A essência continua a mesma, de denunciar e dialogar com os curitibanos, mas agora, além do material impresso, precisamos incluir outras mídias, como a projeção em prédios, as redes sociais, reproduzir o conteúdo no site”, expõe Soraya Zgoda, coordenadora de comunicação do Sindicato. “Vimos que esse novo formato deu certo, conseguimos atingir a população de Curitiba que parou para conversar conosco durante o ato no Largo”, finaliza.
A feirante Sueli, que já trabalha há 10 anos na Feira do Largo da Ordem, sente falta de uma ambulância que fique disponível na região em um ponto fixo. “Todo lugar que tem uma grande aglomeração de pessoas tem que ter uma ambulância”, aponta. Além disso, ela critica o calçamento nas ruas da cidade, diz ver pessoas tropeçando constantemente em frente a sua barraca, por causa dos desníveis dos paralelepípedos soltos. No Bairro Alto, onde mora, ela diz que a sua rua é muito boa, mas tem outras perto que são esburacadas. “Essa divergência, onde de uma parte pra outra você já vê a diferença no cuidado, com algumas ruas super esburacadas e faltando toda essa estrutura”, comenta.
Para Mariane Panek, militante e psicóloga comunitária, apenas com a mobilização popular é possível conquistarmos uma “Curitiba de verdade”, que seja igualitária para todos e todas. “O que a gente precisa entender é que isso precisa ser construído pela população, com as pessoas sendo ouvidas. O Greca e o Ratinho Jr. vão numa mesma linha de governo higienista. O povo precisa comprar as pautas. A pauta da educação não é só dos trabalhadores da educação, a pauta de moradia não é só de quem não tem onde morar, é de todo mundo”.
É justamente esse o objetivo da campanha Curitiba de Verdade – a cidade além das promessas. É disseminar o que acontece na nossa cidade para quem ainda não enxerga além das propagandas do Prefeito. Investir em políticas públicas é investir na qualidade do serviço público, nas condições de trabalho e de vida dos servidores públicos e dos cidadãos curitibanos.