Série Mulheres que Inspiram: confira agora mesmo

Série “Mulheres que Inspiram”

Realizada pelo SISMUC, a série “Mulheres que Inspiram” celebra a história, luta e importância de mulheres extraordinárias que deixaram/deixam um legado marcante na sociedade, como a querida Maria Madalena Amaral, primeira presidenta do SISMUC; a história da Nise da Silveira, médica psiquiatra brasileira, reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria; Antonieta de Barros, jornalista, professora e política brasileira, foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular; e Carolina Maria de Jesus, compositora, cantora e poeta brasileira que revelou a realidade das favelas brasileiras para o mundo. Deixe-se inspirar por essas grandes mulheres que deixaram e deixam um legado de amor, coragem e justiça.


Enaltecemos o protagonismo, a persistência e o vigor de Maria Madalena Munhoz do Amaral, a “Madá”, que assumiu a coordenação do SISMUC em 27 de outubro de 1988, no alvorecer da Nova Constituição Brasileira. Uma companheira valorosa que ajudou a construir esta entidade e nunca fugiu da luta.

Certa vez, Madá falou que o SISMUC nasceu dentro de uma pasta. “Era a pasta de documentos com toda a papelada para a abertura do nosso tão sonhado sindicato”. Com a famosa pasta embaixo do braço, Madalena aproveitou um período de férias e percorreu os diversos órgãos competentes para registro de toda documentação. Por acreditar na importância da luta e da entidade para garantir os direitos dos trabalhadores, em 27 de outubro de 1988, foi oficialmente criado o SISMUC.

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Nascida em 1905, no Rio de Janeiro, Nise revolucionou o tratamento de doenças mentais no Brasil. Em um período em que os pacientes psiquiátricos eram frequentemente tratados com eletrochoque, lobotomia, camisa de força, insulinoterapia e confinamento, Nise defendia o respeito à individualidade e à dignidade dos internos, com a terapia ocupacional e a expressão artística como instrumentos terapêuticos. Ela fundou a Casa das Palmeiras, um espaço onde os pacientes podiam se expressar livremente por meio da arte, um passo fundamental na luta contra os hospícios, que chegaria a seu ápice em 2001, com a Lei Antimanicomial.  

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Ela era catadora e, nos papéis e cadernos que catava, escrevia suas vivências como uma mulher preta retinta, mãe solo de três filhos e moradora de uma favela. Os escritos desta mulher eram os seus registros de vida, suas escrevivências — termo criado por Conceição Evaristo, também escritora negra e brasileira, cujo significado vai além da junção das palavras — escrever — e – vivência —, mas aponta para a ideia de uma escrita que nasce da ancestralidade do povo negro.

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Margarida Alves foi a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoas, em 1972. Durante sua resistente atuação, ela deixou sua marca, moveu ao menos 73 ações contra as usinas de cana-de-açúcar da Paraíba, liderou diversas greves e fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, em combate ao analfabetismo.

A mando de latifundiários, foi assassinada com um tiro no rosto, dentro de sua própria casa, em frente ao marido e ao filho de 8 anos. Sua célebre frase “Da luta não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome.”, até hoje é símbolo de um povo que não descansa enquanto não conquistar dignidade humana.

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Zilda Arns Neumann, nascida em 1934 em Santa Catarina, mas residente em Curitiba, foi muito mais do que uma médica pediatra e sanitarista. Sua vida foi dedicada aos mais vulneráveis, um testemunho de amor e cuidado que transcende gerações.

Como fundadora da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, Zilda não apenas tratava dos corpos, mas também nutria almas. Sua abordagem única combinava conhecimento científico com sabedoria popular, reconhecendo e valorizando a mulher pobre como agente de transformação social.

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Um nome que ressoa como símbolo de força e determinação, Antonieta de Barros, professora, jornalista e figura política, nasceu em 1901, em Florianópolis, Santa Catariana.

Filha de Catarina de Barros, lavadeira escravizada durante o período monárquico e liberta com a Lei Áurea, a trajetória política de Antonieta foi marcada por incansáveis lutas pela igualdade e pelos direitos das mulheres e da população negra, lutas essas travadas também na esfera política, quando se tornou a primeira mulher negra a ser eleita deputada estadual no Brasil, em 1934, em Santa Catariana.

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A vida da Irmã Tereza Araújo foi marcada por um profundo compromisso com a população das periferias, valores que ela incorporou desde sua entrada na Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro, ao tornar-se irmã em 1939. Sua formação em Enfermagem a levou a atuar na saúde, na educação e na assistência social, seguindo os princípios da Companhia Vicentina.

Ao longo de sua jornada, a Irmã Araújo fundou e dirigiu várias instituições de caridade e educacionais, deixando um impacto duradouro nas comunidades por onde passou. Em Presidente Prudente, São Paulo, e posteriormente em Curitiba, ela liderou iniciativas que beneficiaram milhares de pessoas, especialmente os mais necessitados.

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Nascida em 1974, no seio do povo Guajajara/Tentehar, Sonia Guajajara tem sido uma voz inabalável na luta pelos direitos indígenas e pela preservação ambiental. Sua jornada de vida é marcada por um profundo comprometimento com sua cultura e sua gente. Apesar das adversidades, Sonia se formou em Letras, Enfermagem e Educação Especial.

Desde a juventude, Sonia tem sido uma ativista incansável, começando nos movimentos de base e chegando ao cenário nacional e internacional. Sua atuação no Congresso Nacional e em organismos internacionais a colocou na linha de frente contra projetos que ameaçam os direitos dos povos indígenas e o meio ambiente, ganhando reconhecimento global por sua coragem e determinação.

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Nascida e criada na favela da Maré, no Rio de Janeiro, Marielle Franco se tornou um símbolo de resistência e luta pelos direitos humanos. Desde cedo, começou a trabalhar como camelô, depois atou como educadora infantil em uma creche. Já nos anos 2000, passou a atuar ferozmente em defesa dos direitos humanos, após uma amiga ser brutalmente assassinada em uma troca de tiros em policiais e traficantes. Mais tarde, se graduou em ciências sociais e concluiu o mestrado em administração pública.

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Heliana Hemetério dos Santos é historiadora pós-graduada pela UFRJ, tem especialização em Gênero, Raça e Sexualidade com foco na violência racista e homofóbica. É conselheira nacional de saúde, vice-presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis (ABGLT), integrante da Rede de Mulheres Negras do Paraná, do Coletivo de Lésbicas Negras.

Atua no combate à violência doméstica, à violência policial contra jovens negros, pela implementação da Política de Saúde Integral LGBT, pela criação de estratégias de combate ao racismo, entre outras pautas sociais.

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Desde muito jovem, Laudelina já se mostrava uma mulher combativa. Aos 16 anos começou a atuar nas organizações sociais do movimento negro em Poços de Caldas (MG), cidade onde nasceu. Mesmo tão jovem, ela precisou ajudar com a renda familiar, e iniciou nos trabalhos domésticos, enquanto sua mãe era doceira e lavadeira.

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Maria da Penha Maia Fernandes nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 1945. Graduada em farmácia e bioquímica, e mestre em Parasitologia em Análises Clínicas. Em 1976, casou-se e teve três filhas. Sua vida mudou completamente, em 1983, quando sofreu uma tentativa de assassinato cometido pelo seu marido, deixando-a paraplégica.

Sua jornada não foi fácil. As cicatrizes físicas e emocionais são testemunhas silenciosas de uma batalha que poderia tê-la calado, mas Maria da Penha escolheu falar. Escolheu erguer a voz não apenas por si mesma, mas por todas as mulheres que sofrem em silêncio.

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Continua…

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