Casos de dengue explodem no Brasil: Curitiba sob alerta vermelho

O crescente número de casos de dengue em todo o território brasileiro, inclusive na capital paranaense, preocupa muito. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SMS), de 1 a 23 de janeiro deste ano, Curitiba registrou 92 casos confirmados, incluindo 11 autóctones – casos de contaminação no próprio município. Esses dados representam uma mudança drástica em relação ao boletim anterior, divulgado apenas uma semana antes, que indicava 42 casos confirmados, sendo três autóctones.

No mesmo período do ano anterior, a discrepância torna-se ainda mais evidente. Em janeiro de 2023, Curitiba contabilizou 659 casos confirmados de dengue, dos quais 32 foram autóctones. A média diária de casos, que era de 1,81 em 2023, aumentou para 4 nos primeiros dias de 2024, indicando um aumento preocupante na prevalência da doença.

“Estamos em meio a uma grande crise de dengue no Brasil. E, novamente, assim como na pandemia da Covid-19, os servidores públicos da Saúde desempenham um papel crucial no combate a essa doença. Estamos falando de todos os profissionais, àqueles que fazem a recepção, atendimento, consulta e acompanhamento dos doentes, mas também aqueles que desempenham um papel significativo na tentativa de conter o aumento alarmante dos casos, como os agentes de endemias e comunitários, profissionais essenciais que tem liderado mutirões para combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti”, destaca a direção do SISMUC.


Transmissão da dengue e vacina Qdenga (TAK-003)
Para tentar combater a dengue, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus causador da doença, foi desenvolvida a vacina Qdenga (TAK-003), aprovada pela Anvisa em março de 2023. O imunizante representa um marco significativo na prevenção da dengue e fará parte do arsenal de prevenção do Sistema Único de Saúde (SUS).

A vacina, que contém vírus vivos atenuados da doença, estimulando respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, começa a ser distribuída pelo Governo Federal a diversas cidades brasileiras. No Paraná, já foi confirmado que  30 municípios de grande porte, com alta transmissão nos últimos 10 anos, e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, receberam o imunizante. Conforme determinado pelo Ministério da Saúde, apenas pessoas de 10 a 14 anos poderão tomar a vacina, já que são elas o público com maior número de internações pela doença. 

 

Medidas preventivas: proteja-se contra a dengue

– Eliminação de criadouros: verifique e elimine recipientes que possam acumular água parada, criando condições favoráveis ao mosquito Aedes aegypti.
– Uso de repelentes: aplique repelentes regularmente, especialmente em áreas propensas à proliferação do vetor.
– Cuidados com roupas: use roupas de manga longa e calças durante os horários de maior atividade do mosquito, ao amanhecer e ao entardecer.
– Telamento de ambientes: mantenha portas e janelas teladas para evitar a entrada do mosquito em residências e ambientes fechados.

 

Quando é hora de buscar ajuda na UPA?

  1. Dor muito forte e contínua na barriga;
  2. Vômitos frequentes ou com sangue;
  3. Diminuição repentina da febre;
  4. Pressão arterial baixa;
  5. Tontura ao mudar de posição;
  6. Pulso fraco e/ou extremidades frias;
  7. Suor frio;
  8. Sensação de desmaio;
  9. Agitação e/ou irritabilidade;
  10. Sonolência e/ou confusão mental;
  11. Dificuldade para respirar;
  12. Sangramento no nariz, gengiva, fezes (melena), urina e/ou aumento do fluxo menstrual;
  13. Diminuição do volume da urina;
  14. Pontos ou manchas vermelhas, ou manchas roxas espontâneas na pele;


Fique atento a esses sinais e procure imediatamente a UPA ao perceber qualquer um deles. Sua saúde é prioridade.