SISMUC participa da primeira plenária de preparação do 8 de Março e convoca servidoras para as lutas de 2024

No último sábado (20/01), o SISMUC marcou presença na 1ª Plenária Frente Feminista de Curitiba, região metropolitana e litoral, realizada na sede da APP Sindicato. Com uma participação expressiva de mais de 100 mulheres representando diversas entidades, sindicatos e movimentos sociais, o encontro teve como propósito central discutir e organizar estratégias para as mobilizações em torno do Dia Internacional das Mulheres, que será celebrado no dia 8 de março.

Na plenária, composta expressivamente por mulheres jovens, foram debatidas as atividades e os temas de destaque para as lutas feministas em 2024, questões sobre a conjuntura política, como as eleições municipais deste ano, o direito ao território, à cidade, aos corpos, o fim da violência e a necessidade de fortalecimento e construção de políticas públicas. 

Niuceia de Fátima Oliveira, representante do SISMUC, destacou a importância da presença do Sindicato na Plenária. “Ao longo da história, nosso Sindicato tem sido um defensor incansável dos direitos das mulheres. Com a maioria de nossa coordenação composta por mulheres e do funcionalismo público sendo feminino, e considerando que as servidoras públicas desempenham um papel fundamental em Curitiba, é crucial estarmos presentes e atuantes nos espaços que promovem a luta das trabalhadoras.”

Niuceia também convidou as servidoras públicas a se unirem às atividades do 8 de Março deste ano e às lutas contínuas das mulheres. “Avançamos muito, mas ainda há desafios. Com as eleições em vista, é o momento de mobilização para garantir que as questões que nos afetam no serviço público sejam priorizadas. Juntas, podemos alçar nossa voz em prol da dignidade, liberdade, respeito e valorização. Façamos parte ativa desse movimento comprometido com as mulheres servidoras.”

Violência contra as mulheres – Durante o debate realizado em Plenária, as trabalhadoras exaltaram a importância da realização do espaço, inclusivo e diverso, como forma de, também, dar visibilidade às diferentes situações de violência e desrespeito que afetam muitas mulheres diariamente.

Conforme dados de feminicídio no Brasil apresentados pela Assistente Social Elza Campos, militante da União Brasileira de Mulheres (UBM), o Paraná registrou 44 mil casos de violência doméstica em 2022, fazendo o estado ocupar o 3º lugar no Brasil, que tem a triste marca de uma mulher morta a cada 6 horas. Em outro levantamento feito pelo Monitor da Violência mostra que cresceu 5%, em 2023, o número de vítimas no país, sendo 1,4 mil mortes motivadas pelo gênero.

É crucial pensar que muitas situações de violência sequer são registradas, permanecendo um clamor maior que identifica a mulher negra, periférica e a mulher trans, entre outras realidades de gênero, sendo  cruelmente vitimizadas com a própria vida. Resultado de uma ordem social que mantém um sistema capitalista regido pela ordem patriarcal. Sobre tudo isto vamos seguir dando visibilidade no que precisa ser urgentemente reconhecido pelos governantes e pela sociedade para se transformar em políticas públicas e para uma nova ordem social onde a MULHER tenha o direito de viver com dignidade. 

Em outubro, o SISMUC publicou a matéria que mostra os dados sobre o feminícidio no Paraná. [Confira aqui]