Karollyne Nascimento, mulher trans, é reconduzida ao cargo de Ouvidora-Geral na Defensoria Pública do Paraná

É com alegria que o SISMUC informa a recondução de Karollyne Nascimento no cargo de Ouvidora-Geral, na Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE). Karollyne já ocupava o cargo desde 2021, integrou o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná (COPED) representando o Transgrupo Marcela Prado, e possui uma importante atuação na defesa dos mais vulneráveis. Ela também é conselheira Municipal de Saúde, conselheira Municipal dos Direitos da Mulher, membra consultiva da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero e da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e atua em comitês e grupos técnicos de defesa da população LGBTI. 

Karollyne é uma profissional engajada no atendimento da população e torna acessível o trabalho da Defensoria, fazendo-o chegar nas comunidades periféricas, nas áreas de ocupação por falta de moradia, junto à realidade dos povos indígenas. “Ela faz com que a gente sinta de fato pertencente ao trabalho realizado pela DPE. O protagonismo dela como mulher trans que luta pela proteção dos direitos humanos se faz indispensável para o nosso estado. Karollyne abre um espaço significativo em nossa sociedade e reforça o lugar importante das mulheres”, comenta Niuceia Oliveira representante do Sindicato no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e atuante ativa na agenda voltada aos direitos humanos. 

Para a Ouvidora-Geral, a Defensoria do Paraná sai na vanguarda ao compor em seu quadro uma mulher trans. “E isso tem um enorme significado, uma vez que acredito eu nenhuma destas pessoas sequer sonhou chegar a uma posição desta. Sei perfeitamente de todos os desafios que serão enfrentados, porém a ideia é tentar entender e tentar resolvê-los da melhor forma possível”, afirma Karollyne. Ela também reforça que vivemos em uma sociedade que ainda não entendeu que direitos humanos é para todas e todos, Curitiba é uma capital onde ainda cultiva um conservadorismo radical, mas que aos poucos tem sentido a necessidade de rever suas convicções e se abrir para essas novas demandas que não são privilégios e sim direitos.

Para o SISMUC, é fundamental que a Defensoria Pública tenha uma equipe comprometida com a defesa e preservação da dignidade humana, afinal, este é um órgão que pode garantir a assistência integral e gratuita àqueles e àquelas que estão em situação de vulnerabilidade social e pessoal.

 

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