Audiência pública tem objetivo de pressionar por cumprimento do piso da enfermagem nos municípios e no Paraná

O Sismuc, ao lado das entidades que compõem o Fórum Estadual da Enfermagem, organiza audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), dia 20 (terça), às 19h. O objetivo? Garantir que a luta da categoria, que já é garantida por lei, seja implementada nos municípios e no estado do Paraná.

O objetivo da audiência pública é o cumprimento do piso nas instituições públicas e privadas. Existe uma lei federal e os municípios precisam adequar as suas legislações. É lei e cumpra-se”, resume Irene Rodrigues, integrante da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e do Fórum Nacional da Enfermagem.

O Sismuc, em conjunto com a Confetam, tem viajado semanalmente a Brasília para acompanhar os desdobramentos, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF), de questões relacionadas à execução do piso (veja detalhes abaixo).

No entanto, apesar de entraves locais, é fato que já há recursos destinados para o cumprimento da medida, conquistada a partir da mobilização de servidores. “O recurso atual é suficiente para pagar de maio a dezembro deste ano”, aponta Irene.

Hoje, cerca de R$ 7 bilhões e 300 milhões oriundos do fundo social do pré-sal garantem o pagamento do piso em 2023. Para o ano seguinte, o piso estará garantido na Lei Orçamentária (LOA).

Histórico de luta

 

A Lei nº 14.434, de 4 de agosto de 2022, instituiu o Piso Nacional da Enfermagem. No entanto, em setembro de 2022, hospitais e instituições privadas entraram com medida no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando inconstitucionalidade no cumprimento do piso.

O ministro Barroso então julgou o mérito e remeteu ao Congresso Nacional questionamento sobre qual seria a fonte de financiamento.

Entidades da área fizeram então verdadeira peregrinação em busca dos recursos. E conseguiram. Inicialmente, a fonte de custeio seriam fundos federais superavitários.

Garantida a constitucionalidade, aprovação no Congresso e a comprovação da fonte dos recursos, a luta atual tem sido para a aplicação do piso nas cidades e nos estados.

Entre as principais dificuldades, está o fato de que não há um mapeamento exato sobre a inserção dos profissionais. Os dados são inconsistentes. E, o pior, constatou-se a existência de grande precarização entre a profissão de enfermagem.

Ministério da Saúde foi buscar mapear quem está contratado e deparou-se com precarização na reforma trabalhista, agora aparecem os inúmeros problemas de precarização na área da saúde”, afirma Irene Rodrigues. 

Nota de pesar – Lawrence Carvalho Ferreira da Silva

Com profunda tristeza, recebemos a notícia do falecimento do querido servidor público Lawrence Carvalho Ferreira da Silva, aos 44 anos. Lawrence atuava como auxiliar de serviço bucal (ASB) no Centro de Especialidades Odontológicas Sylvio Gevaerd, no Portão. O velório será

Leia mais »