Professores de educação infantil cobram transição imediata e aprovação de um plano de carreiras sem perda de direitos e valorização

Professoras e professores de educação infantil da parte especial se reuniram no último dia 29 no SISMUC para debater e deliberar qual será o nosso passo a respeito do plano de carreira e o processo de transição antes da efetivação do primeiro processo de crescimento. 

Plano de carreira – No início do mês de junho, o SISMUC terá reunião com a Secretaria Municipal de Administração e de Gestão de Pessoal (SMAP) para pautar o plano de carreira da educação infantil. 

“Chamamos esta reunião hoje justamente para criarmos uma estratégia antes que o plano chegue à Câmara Municipal. Também precisamos pressionar a Prefeitura para criar mecanismos para que a transição aconteça ainda este ano. Essa pressão não deve vir só dos 336 servidores da parte especial, essa categoria é formada por mais 4 mil professores. Então, todos e todas precisam se engajar na luta e fazer a diferença para conquistarmos nosso plano de carreira.”

Precisamos assegurar que tudo o que conquistamos até hoje, seja regulamentado neste próximo plano de carreira. Também precisamos assegurar a transição imediata ainda para este ano para quem já possui a formação exigida e a transição sem a realização de prova e sem número de vagas. 

“A luta é pela garantia de todos os direitos. Tudo funciona à base da força política. Se chegamos em mesa de negociação com a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras já feita, temos muito mais força frente à gestão municipal. Quando a categoria está desunida, perdemos nossa força. O prefeito tem medo de gente na rua e medo de quando mexemos com a imagem dele”, enfatiza Juliana Mildemberg, coordenadora geral do SISMUC. 

Transição da carreira – Todo o tempo, reivindicamos para a Prefeitura o processo de transição dos professores de educação infantil. A PMC respondeu que não tem condições de botar um plano de carreira para rodar e articular o  processo de transição ao mesmo tempo. O SISMUC defende que há saídas para a efetivação desta pauta, pois são menos de 200 trabalhadores. 

A falta da transição de imediato, acarreta também a criação de um passivo de pagamento para o município, e afeta a isonomia entre os professores que permanecem realizando o mesmo trabalho no atendimento com as crianças.“Não é só sobre a transição, é como se a gente não existisse, sofremos humilhação, é desumano. É sobre o sentimento. Tem hora que dá vontade de abandonar”, desabafa a professora presente na reunião.
Os professores e professoras presentes tiraram vários encaminhamentos de mobilização e pressão pela valorização, para transição de forma imediata e plano de carreira com valorização.

 

Informes: A assembleia que acontecerá nesta quinta-feira (31) não será voltada para a educação infantil, uma vez que debaterá a aprovação do plano de carreira que contempla as demais categorias. Em breve divulgaremos a data para assembleia de aprovação da proposta do plano de carreira da educação infantil.