Dia Internacional das Mulheres – Unidas, elas marcham contra todas as formas de violência!

O serviço público de Curitiba é composto em sua esmagadora maioria por mulheres. Elas formam 80% do quadro de pessoal, sendo mais de 21 mil trabalhadoras, espalhadas pelos diferentes segmentos. 

Não à toa, a presença de mulheres sempre foi forte no SISMUC e temos como objetivo lutar por políticas públicas voltadas para gênero. Nosso estatuto lista diretrizes que competem à Coordenação de Mulheres, sendo algumas delas: 

  • Desenvolver atividades e políticas para conscientizar os trabalhadores e trabalhadoras para que superem todos os tipos de preconceitos e discriminações. 
  • Combater o assédio contra as mulheres.
  • Participar e apoiar eventos e manifestações que contribuem para o respeito às mulheres. 

 

Mulheres em resistência, contra todas as formas de violência. Por teto, terra, trabalho e democracia. Sem Anistia!  

Hoje, mulheres e homens se reuniram na Praça Santos Andrade e marcharam até a Boca Maldita no tradicional ato do 8M em Curitiba. Os atos políticos, culturais e a marcha, expressam a luta e a resistência das mulheres, não só para lembrar o dia das trabalhadoras, mas para que todas juntas resistam contra o sistema capitalista, machista e misógino sobre as mulheres negras, indígenas, ciganas, quilombolas, LGBTQIA+, jovens, idosas e com deficiência.

“O SISMUC tá aqui nesse 8 de março e chama as servidoras públicas, você trabalhadora, você aposentada, tem um valor imensurável na questão das políticas públicas voltadas às mulheres. Afinal, é você que precisa ser valorizada, ter salário decente, é quadro funcional que precisa ser reposto…isto impacta em toda a questão das políticas públicas que atingem nós mulheres, onde quer que estejamos nessa cidade”, declara Niuceia Oliveira, conselheira fiscal do SISMUC e representante do Sindicato no Conselho de Mulheres.

O ato contou com intervenção das mulheres indígenas, apresentação do Bloco Afro Pretinhosidade e marcha com a Bloca Ela pode Ela Vai até a Boca Maldita. A atividade foi organizada coletivamente pela Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, e teve a participação de dezenas de entidades.

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8Ma data é um lembrete da importância de lutarmos dia a dia pelos direitos das mulheres

O 8 de março não é um dia de celebração, e sim de luta! A data foi distorcida pelo capitalismo para um significado raso, mas precisamos retornar às origens para entender que mulheres sindicalistas foram às ruas para valorização de seus trabalhos. Muito parecido com o que vemos hoje.

Ainda precisamos nos mobilizar para pedir melhores condições de trabalho, equidade salarial, respeito e valorização das servidoras públicas.

O Planeta Ella, Rede Internacional de Feminismos, publicou hoje em suas redes sociais 10 motivos para o 8M existir, vejas quais são:

 

  1. Porque 28,8 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência física, psicológica ou sexual em 2022.
  2. Para jamais apagar da história os casos de todas as mulheres assassinadas com motivação misógina.
  3. Porque mesmo realizando o mesmo trabalho, mulheres ainda recebem menos que os homens.
  4. Para lutar contra a hipersexualização sofrida por meninas desde a infância.
  5. Pela ausência de mulheres e de referências femininas em muitos âmbitos da sociedade ainda dominados por homens. 
  6. Porque ainda há quem crê que pode decidir sobre o corpo das mulheres.
  7. Por todas as mulheres vítimas de exploração sexual.
  8. Por todas as que sofrem violência econômica e que, por serem mulheres, não ascendem profissionalmente.
  9. Para lutar contra os papéis de gênero tradicionais
  10. Para lembrar de todas as mulheres que foram silenciadas na história.

O SISMUC acrescenta um 11º motivo: Por todas as trabalhadoras do serviço público municipal de Curitiba, resistirem contra todos os abusos e assédios cometidos em seus locais de trabalho. Às mulheres, dignidade nas condições de trabalho hoje e sempre!

 

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Plano Municipal de Políticas para Mulheres

A Prefeitura de Curitiba lançou hoje o Plano Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, um material com ações, objetivos e metas para o fortalecimento e consolidação de políticas públicas para as mulheres, de acordo com suas especificidades. 

Promover a qualidade de vida das servidoras públicas está como um dos objetivos do plano. A ideia é realizar ações (rodas de conversa, encontros, palestras) para conscientizar e incentivar agentes públicas municipais sobre os cuidados necessários para a manutenção da sua saúde nas diversas fases da vida, com medidas de caráter preventivo e de estímulo à autoestima.

“Curitiba é uma cidade que precisa de avanço, as políticas voltadas às mulheres deixam a desejar frente as capitais do país. Embora sejamos maioria dentro do serviço público, ainda assim Rafael Greca extinguiu a Secretaria de Mulheres durante a sua gestão”, aponta Juliana Mildemberg, coordenadora geral do SISMUC.