Serviços públicos essenciais em Curitiba estão em risco

“Minha filha é atendida pelo CMEI Senador Afonso de Camargo Neto. Lá, os servidores públicos têm zelo, cuidado, é um atendimento com amor e carinho pelas crianças. Para os servidores continuarem com esse tratamento com as crianças, eu acredito que eles devem ser valorizados, então, valoriza, Greca!”, declara Cibele, moradora do bairro Cajuru em Curitiba. Além da filha da Cibele, são mais de 25 mil crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), em turmas de berçário, maternal e pré-escola. 

A pergunta é: como ficarão essas crianças se o serviço público de Curitiba chegar ao fim? 

O que está em risco não é somente o atendimento na educação infantil, mas também nas unidades de saúde, nos centros de esporte e lazer, nos clubes da gente, nas unidades para acolhimento e proteção para a população em vulnerabilidade, em todos os equipamentos do serviço público municipal. E, quando o serviço público é precário, quem sofre é você que utiliza. 

Por que o serviço público está em risco? Entenda a situação

Para que haja um serviço de qualidade, é preciso que um profissional qualificado preste o atendimento, certo? Curitiba possui excelentes servidoras e servidoras na rede pública, mas, infelizmente, não são valorizados como merecem pela Prefeitura.
Desde 2017, eles estão sem crescimento em seus cargos, pois os planos de carreira foram congelados no famoso “pacotaço” do Rafael Greca — chamado também de pacote de maldades.

No final do ano passado, Greca e seu vice, Eduardo Pimentel, enviaram à Câmara Municipal um projeto de lei com um novo plano de carreira, mas que na realidade, significava o fim dos servidores públicos. As medidas propostas são absurdas, os servidores levariam, em média, 24 anos para crescer, além do aumento  na concorrência entre os colegas e critérios sem nenhum tipo de definição para avaliar a progressão desses trabalhadores. 

Se esse projeto for aprovado, cada vez menos pessoas permanecerão em seus cargos públicos, afetando a qualidade do serviço, o que impacta diretamente em toda a população da cidade. 

É preciso um novo plano para salvar o serviço público 

Um bom plano de carreira incentiva o profissional a se capacitar sempre mais, realizando cursos e buscando qualificação, afinal, ele conquistará cargos e salários melhores e, consequentemente, o atendimento à população só avança. 

Assim que o projeto absurdo enviado pela Prefeitura chegou às mãos dos vereadores, o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (SISMUC) se colocou contrário e os trabalhadores permaneceram em estado de greve como um alerta: se os vereadores não barrassem a tramitação do projeto, haveria paralisação. Após intensa pressão dos trabalhadores e dos sindicatos, a Prefeitura cedeu e adiou a discussão do plano de carreira para o 2º semestre de 2023. 

 

Agora, precisamos da ajuda de quem utiliza os serviços essenciais! Demonstre seu apoio, publique em suas redes sociais que está ao lado dos trabalhadores e que é fundamental a construção de um plano de carreira digno aos servidores públicos, marque a Prefeitura e os vereadores da nossa cidade. Contamos com você nesta luta!