Na tarde de ontem (08), um grupo criminoso invadiu e destruiu os prédios dos três poderes em Brasília — foram depredados o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal em uma tentativa golpista e terrorista de pôr fim à democracia do nosso país.
Durante a invasão, foram feitos estragos em todos os andares e salões dos edifícios, gerando imensa perda financeira e cultural. Poltronas, equipamentos eletrônicos, móveis, obras de arte, a réplica da Constituição de 1988, entre outros objetos que foram completa ou parcialmente danificados. Mais do que o prejuízo patrimonial, a barbárie é o oposto de tudo o que acreditamos e buscamos para o Brasil.
Não podemos permitir e naturalizar que golpistas se apropriem de um falso patriotismo e dos símbolos nacionais como uma oportunidade para atos fascistas e, para suprimir as instituições que compõem a nossa democracia, sejam os patrimônios públicos ou a própria Constituição.
Nos últimos anos, assistimos a condutas violentas e ouvimos discursos de ódio vindos do ex-presidente — cargo de maior autoridade em nossa política. Quais são as consequências para um país, quando o chefe do poder executivo homenageia um torturador da ditadura e apoia protestos anti-democráticos? Há uma simetria entre seu discurso e os atos dos seus apoiadores que não aceitaram o resultado das últimas eleições.
É fundamental identificar e punir os responsáveis por praticar e financiar o crime que ocorreu ontem contra a democracia. O SISMUC, em seus quase 35 anos, jamais se calou diante aos ataques à liberdade ou a qualquer tipo de violência. Durante toda a nossa história, nos manifestarmos contra ações covardes, não seremos coniventes e nem omissos. Não nos cansaremos de repetir que o ódio não prevalecerá.