Piso da enfermagem é sancionado, mas Bolsonaro veta reajuste automático nos salários

Após a intensa mobilização e pressão da enfermagem, na última quinta-feira (4/8), a Lei 2564/2020 foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Contudo, a luta da categoria não se encerrou, agora os trabalhadores e trabalhadoras seguem organizados para derrubar o veto do chefe do Executivo, que garantia o reajuste automático nos salários destes profissionais, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Com a luta histórica da categoria, trabalhadores do setor público e privado da enfermagem terão garantido o piso nacional, para os enfermeiros o valor será de R$4.750,00, os técnicos receberão R$3.325,00 e os auxiliares e parteiras R$2.375,00 por mês.

Em entrevista para o Conselho Federal de Enfermagem (Cofem), o autor do projeto de lei 2564, senador Fabiano Contarato (PT-ES), comemorou a sanção da proposta. “Propus a criação do piso no dia 12 de maio de 2020, por uma razão muito simples: é o Dia Internacional da Enfermagem. Com esses profissionais, eu aprendi o significado da palavra empatia. Aprendi a me colocar no lugar do outro. Agora, vamos dar vida a essa premissa constitucional. Vamos lutar por uma sociedade mais solidária, justa e igualitária”, frisou o parlamentar.

Para a gestão Sindicato pra Valer do SISMUC, “a enfermagem deu diversos exemplos do quanto é organizada e articulada, inclusive os servidores públicos de Curitiba estiveram sempre mobilizados na capital paranaense e também em Brasília para conquistar o direito a um salário digno e justo. Portanto, será essa força e mobilização da categoria que derrubará o veto ao índice de reajuste”.