A luta é constante e construída coletivamente

Dentre manifestações pacíficas a boicote das estruturas do Estado, Nelson Mandela arriscou sua vida para ver uma África do Sul livre e hoje recebe um dia especial em sua homenagem. Hoje, 18 de julho, é o Dia Internacional de Nelson Mandela.

Em 18 de julho de 1918, em Mvezo na África do Sul, nascia Madiba, como era conhecido, ativista negro que lutou boa parte de sua vida pela igualdade racial em seu país.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o apartheid se tornou uma realidade na África do Sul. A lei que segregava brancos e negros, proibia a livre circulação da população negra, evitando que a mesma pudesse frequentar os mesmos espaços que pessoas brancas.

Com seus direitos civis restringidos, os negros iniciaram a organização de partidos e grupos de manifestações para lutar contra as novas normas do governo. O jovem Nelson Mandela se juntou ao CNA (Congresso Nacional Africano) e iniciou sua militância defendendo protestos pacíficos e desobediência civil. Porém, com o aumento da repreensão e violência do Estado, Nelson Mandela, se obrigou a tomar decisões mais duras, se juntando às forças armadas do CNA.

Em 1962, Madiba foi preso e em 1964 foi condenado à prisão perpétua. Apesar da violência sofrida na prisão, o líder não desistiu das suas convicções e, em 1990, com o declínio do apartheid, Mandela foi libertado.

Por sua luta e liderança, em 1993 recebeu o Nobel da Paz e no ano seguinte foi eleito presidente da África do Sul.

Em 2013 Nelson Mandela morreu aos 95 anos, mas foi eternizado pela história como símbolo de resistência e igualdade. Madiba mostrou que a luta por igualdade racial é coletiva, constante e universal. Para o Brasil, a organização dessa luta é imprescindível quando mais de 51% da população é negra, mas o racismo segue infectando as estruturas. Que a história de Nelson Mandela seja inspiração para que nossos esforços sejam voltados para a independência e justiça social.