A falta de planejamento da Prefeitura impacta na qualidade e na segurança da educação infantil

Em uma tentativa de solucionar a alta demanda por uma vaga nas turmas de berçário nos CMEIs — cerca de 7 mil crianças estão na fila de espera por uma vaga —, a Prefeitura está retirando as crianças da pré-escola — com idade de 4 e 5 anos, e transferindo-as para as escolas de ensino fundamental.

Porém, a PMC, na verdade, está “descobrindo um santo para cobrir outro”. Afinal, abrir mais vagas de berçário para suprir a demanda e transferir as crianças para as escolas de ensino fundamental é prejudicial e desconsidera o desenvolvimento simbólico, cognitivo, de socialização, e, principalmente, acelera a escolarização das crianças, aspecto que se contrapõe ao currículo pedagógico da educação infantil de Curitiba.

Essa má vontade política e a desorganização da Prefeitura em realmente fazer de Curitiba uma “cidade educadora”, tem agravado estes problemas. Visto que faltam professores de educação infantil para suprir o atendimento da demanda de 100% das crianças com 0 a 5 anos, como aprovado no Plano Municipal de Educação (PME); e as estruturas são insuficientes e/ou inadequadas para atender as crianças tanto na pré-escola, quanto na escola.

Qual é o problema dessa ação?

-> A escola não possui estrutura adaptada para receber as crianças de educação infantil

-> Educação infantil e Ensino Fundamental possuem currículos diferentes, ou seja, diferentes rotinas de aprendizagem

-> O dimensionamento adulto-criança (de 1 professor a cada 16 crianças) não é respeitado nas escolas

-> Nos CMEIs as crianças ficam em período integral, em algumas escolas este direito não é garantido.

Qual seria a melhor solução?

-> A Prefeitura tem condições de construir novos CMEIs (há espaço e financiamento para isso)

-> Contratação de professores de educação infantil via concurso público

Venha lutar conosco pelo fim do descaso com a educação infantil de Curitiba! Estaremos com os professores dos CMEIs, neste sábado, a partir das 14h, no Tatuquara exigindo o respeito que os professores e as crianças merecem.