SISMUC exige reabertura da Casa de Passagem Indígena

Diante da
situação de completo desrespeito com os povos indígenas, que já se arrasta por
mais de um mês, a 12ª Conferência Nacional de Assistência Social aprovou uma
moção de protesto contra o fechamento da Casa de Passagem Indígena (Capai) em
Curitiba
, exigindo a imediata reabertura do espaço para atender as mais de 200
famílias da nação Kaingang
, que estão na capital para vender seus artesanatos.
Sem local para sua permanência, os indígenas se encontram acampados em frente
ao Palácio do Governo
, sem estrutura adequada e em situação de violação dos
direitos fundamentais
. Para piorar a situação, os banheiros químicos próximos
ao acampamento foram retirados.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC), enquanto
representante dos servidores e servidoras da Assistência Social e participante
da Conferência Nacional, reitera a reivindicação pela reabertura imediata da Capai,
da mesma forma como permanecem abertos todos os demais equipamentos públicos da política
de Assistência Social no município, que, inclusive, não fecharam durante a
pandemia da Covid-19.

“Retirar a população indígena do Centro caminha na perspectiva da política
higienista da Prefeitura
, da mesma forma como tem feito com a população em situação
de rua, desde 2017. Protestamos e repudiamos também as posturas de conselheiras,
assistentes sociais, na condição de gestoras, que se manifestaram com
preconceito e discriminação diante da cultura indígena
”, descreve a moção de
protesto, que foi encaminhada para CNAS, INCRA, Ministério da Cidadania, Prefeitura
de Curitiba, Governo do Estado do Paraná, CFESS e CRESS 11ª Região (PR).

Clique aqui para conferir a íntegra da moção.