Número de crianças de 0 a 9 anos com Covid-19 triplicou em 2021

De
janeiro a setembro de 2021, 6.760 crianças de 0 e 9 anos foram infectadas pela
Covid-19 em Curitiba. Esse valor representa um aumento de 199% em relação a
2020, de acordo com dados fornecidos pela Prefeitura. Ou seja, o número triplicou diante do
surgimento de novas variantes mais contagiosas, da volta das famílias a uma
rotina de normalidade de trabalho e do retorno presencial das aulas.

Para as crianças e adolescentes de 10 a 19 anos o
cenário não é diferente, o número de casos em 2021 ultrapassa 17 mil
infectados. Um aumento de 324% em relação a 2020.

Com as novas variantes e a
vacinação a passos lentos, as crianças de 0 a 9 anos ainda estão longe de
serem vacinadas.
E os números de 10 a 19 anos ainda são irrisórios perto do
que é necessário quando falamos de vacinação massiva já que apenas 1/5 da
população dessa faixa etária foi vacinada com a primeira dose, e nem 2% chegou
a receber a segunda dose
até o momento.

É importante lembrar que é neste
cenário que a Prefeitura de Curitiba anunciou o retorno presencial das aulas
com a capacidade das salas de aula LOTADAS! Sem o modelo híbrido, a
Secretaria Municipal de Educação anunciou ao G1 que 70% das crianças irão
retornar as aulas presenciais.
O problema é que se antes já era difícil
respeitar os protocolos de segurança, agora será ainda pior.

A pressão dos servidores e dos
sindicatos conseguiu garantir que o retorno presencial das aulas ocorresse ao menos depois da
primeira dose da vacinação dos trabalhadores da educação. Entretanto, a gestão parece ignorar os
próprios dados que mostram um grande aumento no número de casos de infecção
da Covid-19 em crianças e adolescentes.

Em nenhum momento a administração se posicionou
referente ao distanciamento dentro das unidades, ignorando totalmente o próprio
Protocolo de Retorno das Atividades Presenciais. Afinal de
contas, para que ter um protocolo que é impossível de ser cumprido? A
administração tenta se esconder atrás de um documento que
não foi alterado e
nem pensado para as necessidades reais da escola.
E pior, foi formulado
dentro de uma
“comissão” em que os trabalhadores e os sindicatos não
foram ouvidos
.


Durante
todo o mês de agosto, Curitiba registrou tendência de alta na taxa de
transmissão.
Os números começaram a melhorar em setembro com o avanço da vacinação, mas a
flexibilização dos protocolos sanitários pode colocar tudo a perder.
É
preciso levar em consideração os dados da vacinação, das infecções,
internamentos e mortes das crianças para analisar as condições de um retorno
presencial seguro.
O que no caso da Prefeitura parece nunca ter sido feito.

É preciso denunciar!

Não podemos aceitar o descumprimento dos protocolos e a
inexistência deles nos locais de trabalho porque isso significa colocar a
vida de todos em risco.
Por isso, o primeiro passo é chamar a comissão
local e registrar em ata os problemas, isso porque o papel do comitê é fazer
com que os protocolos sejam cumpridos e denunciar sempre que houver
irregularidades.

Em seguida, denuncie aos sindicatos. O SISMMAC e
o SISMUC têm canal oficial para receber as Denúncias da Educação pelo WhatsApp
(41) 99988-2680 ou pelo link http://bit.ly/DenúnciaEducação.

As informações serão repassadas de forma
sigilosa (sem expor quem deu a informação) ao Ministério Público do
Trabalho, no inquérito aberto por iniciativa dos sindicatos para apurar
denúncias e cobrar ações do poder público.

Comunique também à Frente Parlamentar do Retorno Seguro às
Aulas, composta por vereadores da Câmara Municipal de Curitiba, pelo e-mail
retornosegurocmc@gmail.com e pelo WhatsApp (41) 3350-4622.

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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