Atendimentos da FAS aumentam enquanto número de unidades foi reduzido

Você sabe como está o atendimento da assistência social em
Curitiba? 
Em meio à pandemia, trabalhadores e trabalhadoras têm
relatado um aumento na demanda por serviços da assistência,
como por exemplo, nos Centros de Referência da Assistência Social
(CRAS), locais em que são realizados os atendimentos iniciais –
e o acompanhamento – à população
que precisa de algum tipo
de serviço que a Fundação de Ação Social (FAS) possa oferecer.

O aumento de
atendimentos não é relatado pela administração, que finge
estar tudo ocorrendo bem no município. Mas a verdade é que
Curitiba vai de mal a pior para a situação financeira que a
esmagadora maioria da população vive. É uma das cidades com maior
custo de vida do Brasil
, o valor da cesta básica em julho de
2021 chegou a R$ 619,83, de
acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (DIEESE), um preço ABSURDO em um país com mais
de 40 milhões de pessoas vivendo com menos de
R$
89,00 por mês! 
Os dados são
do próprio governo federal, o que torna a conta a ainda mais óbvia: com o aumento da
miséria, do desemprego e com um custo de vida altíssimo, a
população tem precisado cada vez mais dos serviços da assistência
social.

E são justamente
os trabalhadores da assistência social, no caso de Curitiba lotados
na FAS, que lidam com essas consequências da crise econômica e
sanitária que vivemos no país. E elas são muitas! A proteção que
envolve a assistência social está em todos os âmbitos da vida da
população e vai desde a um atendimento para necessidades
individuais, como do grupo familiar. Esse atendimento vai muito além
de políticas financeiras – tão importantes para sobrevivência
dos brasileiros –, a assistência social promove a criação de
vínculos, o acompanhamento familiar e ações comunitárias e de
bem-estar social.

É esse cenário
que a Prefeitura de Curitiba insiste em manter locais de acolhimento à população, como os CRAS,
fechados. Em 2018, com a desculpa de “reordenamento” a
administração fechou sete dessas unidades que hoje estão
abandonadas! É o caso do CRAS Arroio, a promessa à época do
fechamento era de que o prédio abrigaria um Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS), o que nunca aconteceu.
O CRAS Sambaqui também teria que ter sido transformado em Unidade de
Atendimento, mas segue fechado. Promessas vazias de uma gestão
que odeia os mais pobres, lembrando da assistência social somente em
períodos eleitorais, em que mais promessas vazias são feitas.

Além disso, na
propaganda para o fechamento das unidades – que a administração
chamou de “reordenamento” – a Prefeitura vendeu a ideia de que
isso seria bom para a população e teoricamente levaria
servidores para outras unidades. Entretanto, essa é uma medida para
tapar um buraco criado há anos! A falta de servidores é uma
realidade que a gestão Greca ignora, deixando de realizar concursos
públicos e contratações esse cenário jamais vai mudar. Quase três
anos se passaram e ainda não aconteceram novas contratações, ou
seja, a preocupação da Prefeitura com o atendimento da população
e com a sobrecarga de trabalho dos servidores é uma mentira muito
mal contada.

E quem sofre com
isso, além dos servidores, servidoras e terceirizados contratados
com baixíssimos salários, é a própria população! Sem pessoas
para atendimento, com unidades fechadas, é assim que a gestão Greca
trata aqueles que mais precisam.

E agora, com a
pandemia, são ainda mais trabalhadores e trabalhadoras desassistidos
desde o fechamento dos CRASs: famílias em situação de
vulnerabilidade social, pessoas com deficiência e idosos estão
entre os mais prejudicados. Com o agravamento da crise social e
econômica trazido pela pandemia, o serviço oferecido pelo CRAS faz
ainda mais falta. Essas pessoas perderam locais perto de suas
residências para serem atendidos e agora precisam pagar pelo
deslocamento mesmo com todas as dificuldades envolvidas.

Exigimos então a
reabertura dos CRAS e a realização de concursos públicos para mais
contratações!
Nossa manifestação precisa começar junto com a
comunidade e por isso será realizada no dia 11 de setembro,
sábado, às 9h da manhã, em frente ao CRAS Arroio
(Rua José
Clemente de Oliveira, 56 – Cidade Industrial).
Juntos, vamos
cobrar que a unidade seja reaberta e que a população volte a ter o
espaço da assistência social disponível!

Crescimento no número de usuários do Bolsa Família comprova aumento de atendimentos nos CRAS

Em 2019, de acordo com dados disponibilizados pelo Governo Federal, cerca de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras eram beneficiários do Bolsa Família somente em Curitiba. Em 2021, o número cresceu, mais de 42 mil pessoas precisam do benefício para sobreviver na cidade.
E quem acompanha e realiza o atendimento de todas essas famílias? A assistência social!
E esse não é o único programa que os CRAS disponibilizam, mais famílias são atendidas e acolhidas todos os meses.