A população curitibana precisa acender um sinal de alerta. Ao mesmo tempo que hospitais de Curitiba registram alta na ocupação de leitos de UTI do SUS, a cidade está entre as últimas capitais no ranking de vacinação por faixa etária.
Segundo informações divulgadas pelo Portal G1, o Hospital de Clínicas (HC) está com todos os 48 leitos adultos de UTI para Covid-19 ocupados desde sábado (14). O Hospital de Reabilitação, que tem 68 leitos adultos de UTI, está com mais de 91% de ocupação na ala desde o dia 9 de agosto.
Enquanto Manaus, Rio Branco, Macapá e São Luiz já completaram a vacinação de adultos e começaram a vacinar adolescentes com 12 anos ou mais, Curitiba ainda está aplicando a primeira dose para nascidos em 1995.
Ao ser questionado nas redes sociais sobre a lentidão no ritmo de vacinação, o prefeito Rafael Greca retrucou dizendo que “Enfermeiras não são máquinas. São pessoas de carne e osso”. E, de fato, os trabalhadores da saúde estão trabalhando no limite desde o início da pandemia. Mas, o que ficou mal explicado por parte do prefeito é porque a vacinação não é prioridade da gestão Greca?
Caso fosse uma prioridade do governo, haveria vacina em quantidade suficiente e contratação via concurso público de mais trabalhadores para dar conta do aumento da demanda.É importante ressaltar que somente agora o prefeito começou a convocar os enfermeiros aprovados no concurso de 2016.
A falta de imunizantes em Curitiba é gritante! De tempos em tempos, a faixa etária de vacinação fica estacionada por dias por falta de vacina. Greca argumenta que a distribuição é feita pelo Ministério da Saúde e pelo governo estadual. Em contrapartida, o secretário de Saúde do estado afirma que a capital tem recebido regularmente as doses a ela destinadas, sem prejuízos e sem privilégios.
Mas, enquanto governo municipal e estadual ficam nesse cabo de guerra e nessa disputa da opinião pública, é a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores curitibanos que está em risco.