Com aumento de casos de Covid-19, Greca impõe a Prova Curitiba

Depois
de realizar várias falas sobre acolhimento aos alunos da rede
municipal de ensino de Curitiba, a gestão Greca 
mostra
o quanto o seu discurso de preocupação

com os estudantes e trabalhadores é vazio. Nas próximas duas
semanas, a Prefeitura vai impor a realização da Prova Curitiba aos
estudantes no ensino presencial, além de convidar também todos os
alunos que permanecem no ensino remoto.

Isso é
um desrespeito com os alunos que ficaram mais de um ano em casa no
ensino remoto, sendo que muitos deles não tinham estrutura para
estudar ou acesso às aulas gravadas pela Secretaria Municipal de
Educação. A realização da Prova Curitiba também é um afronte à
autonomia das escolas. Por orientação da própria SME, as
professoras e professores já tinham preparado uma avaliação de
acordo com a realidade dos estudantes de cada unidade. Agora, todo
esse cuidado será atropelado por uma prova ampla, com uma avaliação
superficial e desnecessária nesse momento crítico que os alunos
estão passando.

E
apesar do Greca ignorar mais uma vez o fator da pandemia em seu mundo
de faz de conta, o município está apresentando aumento na taxa de
reprodução e nos casos de Covid-19, e também está sob a ameaça
de novas variantes, como a Delta e a Gama-plus. A situação nas
próprias unidades de ensino é preocupante porque, 
por
meio do Canal da Denúncia da Educação, os Sindicatos SISMMAC e
SISMUC registraram pelo menos 55 casos confirmados entre
trabalhadores da educação em mais de 30 unidades de ensino, além
de casos entre os próprios alunos. 
Uma
turma, por exemplo, teve que ser suspensa até o dia 23 de agosto
devido ao contágio e não realizará a Prova Curitiba.

Em meio
a essa situação, as unidades também enfrentam o descaso da gestão
em relação aos EPIs e a falta de estrutura nas unidades. O Canal de
Denúncias da Educação recebeu diversos relatos sobre falta de
água, defeito nas janelas que impedem a circulação de ar, máscaras
de pano de péssima qualidade, álcool gel ineficiente, e
impossibilidade de cumprir o protocolo de segurança, principalmente
em relação ao distanciamento social.

É
nesse cenário que a Gestão Greca quer impor a realização de uma
prova que não revelará nada sobre a real situação dos alunos, que
vivem uma situação atípica e extremamente estressante. E não será
apenas em um dia, o calendário de provas se estende pelas próximas
duas semanas, até o dia 27 de agosto, reunindo também alunos que
permaneceram no ensino remoto.

Com
isso, o discurso de acolhimento da Prefeitura antes do retorno dos
alunos às aulas presenciais vai por água abaixo. Não há
acolhimento ou empatia por parte da gestão nessa situação, apenas
tarefas burocráticas desprendidas da realidade. Por isso, é
importante que as escolas exerçam sua autonomia para discutir os
problemas da realização da Prova Curitiba junto aos Conselhos de
Escola.

É
importante também ficar atento à capacidade de 50% de crianças
dentro da sala de aula, além do distanciamento de 1,5 metro entre as
carteiras. E se houver algum problema no seu local de trabalho ou
casos de Covid-19, denuncie pelo Canal de Denúncias da Educação:
(41) 99988-2680.
Você
também pode fazer uma denúncia para a Frente Parlamentar do Retorno
Seguro às Aulas, composta por vereadores da Câmara Municipal de
Curitiba, pelo e-mail retornosegurocmc@gmail.com e também pelo
WhatsApp (41) 33504622.