Justiça determina aulas presenciais, mas faltam condições para retorno

O Judiciário,
por meio da Vara da Infância e Juventude de Curitiba, determinou o retorno das
aulas presenciais na rede pública municipal, seguindo o calendário do modelo
híbrido com início previsto para 2 de agosto. A decisão segue recurso
interposto pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), que defende a equidade do
tratamento entre
estudantes da rede pública e da rede particular que já havia retomado as aulas
presenciais.

No entanto, a decisão da Justiça, assim como o posicionamento do MPPR, ignora dois fatores que
são essenciais para a retomada das aulas presenciais: a vacinação com as duas
doses mais o tempo de imunização para todos os trabalhadores da educação, bem
como as condições estruturais necessárias para seguir os protocolos sanitários.

Os sindicatos já pediram ingresso na ação para acompanhar
a tramitação como interessados e defender o interesse da comunidade escolar. Esse pedido, entretanto, ainda não
foi analisado pela Justiça.

A vacinação completa para a retomada das aulas foi uma forte
reivindicação dos trabalhadores da educação durante a pandemia. Graças à
mobilização da categoria, a imunização aconteceu, mas ainda não está completa.
A maioria dos trabalhadores foi imunizada apenas com a primeira dose, o que não
garante a proteção completa, especialmente diante das novas variantes, mais
agressivas e contagiosas.


também casos de trabalhadores que ainda não conseguiram tomar sequer a primeira
dose. Isso é o caso de parte dos novos servidores nomeados em julho,
trabalhadores contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS) e
terceirizados da limpeza e da alimentação escolar. Esses profissionais
receberão o comprovante de vínculo, mas a vacinação depende da chegada de novos
lotes e da organização de uma nova repescagem para os trabalhadores da
educação.

A falta de condições estruturais também é um grave problema
no retorno das aulas presenciais. Depois de mais de um ano de pandemia, a
gestão municipal ainda não resolveu questões básicas das unidades escolares. Nesta semana, os sindicatos denunciaram a
situação vivenciada em um CMEI que recebeu as crianças sem luz, sem água e sem
EPI
s
.

Sem assumir responsabilidade, governo federal defende
volta às aulas

A falta de responsabilização do governo diante da tragédia
humanitária vivida
no Brasil se repetiu nesta segunda-feira (20). O ministro da Educação, Milton Ribeiro, fez um
pronunciamento no qual apela pela volta às aulas presenciais, ainda que os
estados e municípios tenham autonomia para definir a retomada. Ribeiro deixou
claro que, se dependesse apenas do Ministério, as aulas já teriam sido
retomadas. A fala do ministro é um desrespeito a todas as vítimas da pandemia
que atingiu patamares assustadores nos últimos meses no Brasil, graças à
política de morte do governo Bolsonaro.

O ministro ainda chegou a afirmar que “a vacinação de
toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das
escolas”. Mas, é importante responsabilizar os verdadeiros culpados por
essa demora. Não fosse o governo federal tentar negociar propina em vez de
garantir as doses necessárias de vacina, a imunização no Brasil já poderia ter
chegada a uma parcela maior da população, evitando muitas mortes.

Além disso, se o Brasil é um dos últimos a retomar as aulas
presenciais, isso se deve à política genocida do governo federal, que não atuou
para controlar a pandemia. Outros países que retomaram as aulas presenciais com relativa
segurança atenderam aspectos essenciais para a garantia de segurança, que são
ignoradas em Curitiba.

Assembleia dos trabalhadores da educação

O SISMUC e o SISMMAC convocam as servidoras e servidores da educação para a assembleia geral que será realizada no dia 22 de julho, a partir das 18h30, pela plataforma Zoom. A pauta da assembleia é debater e definir ações sobre o retorno presencial das aulas na rede municipal de ensino.



Para participar, faça sua inscrição com antecedência em https://bit.ly/AssembleiaJulho e não se esqueça de criar uma conta no Zoom para facilitar seu acesso!

Assembleia dos trabalhadores da educação

O SISMUC e o SISMMAC convocam as servidoras e servidores da educação para a assembleia geral que será realizada no dia 22 de julho, a partir das 18h30, pela plataforma Zoom. A pauta da assembleia é debater e definir ações sobre o retorno presencial das aulas na rede municipal de ensino.



Para participar, faça sua inscrição com antecedência em https://bit.ly/AssembleiaJulho e não se esqueça de criar uma conta no Zoom para facilitar seu acesso!

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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