Se a saúde pública em Curitiba já sofria com a falta de
investimentos nos últimos anos, a pandemia gerou uma crise sanitária que deixou
a situação ainda mais crítica.
Para sistematizar os problemas enfrentados pelos
trabalhadores da saúde nos seus locais de trabalho, o SISMUC lançou um
questionário para que os trabalhadores da saúde possam expor o que enfrentam
nos locais de trabalho.
Trata-se de um questionário que pode ser respondido em
poucos minutos. Uma vez que muitos trabalhadores têm sido vítimas da
perseguição por parte do desgoverno Greca, não é necessário se identificar.
Além disso, as informações não serão divulgadas individualmente para evitar a
exposição dos trabalhadores, mas ajudarão a traçar um diagnóstico dos
principais problemas enfrentados para cobrar a Prefeitura, assim como tem sido
feito desde o início da pandemia.
Para participar, acesse: https://forms.gle/kAwhoxUQDG9WYC9H7.
Repasse também para os seus colegas, afinal, quanto mais respostas, mais
completo será o diagnóstico.
Com a dedicação de poucos minutos do seu tempo, você
contribui para traçar os rumos da luta dos servidores municipais da saúde. O
SISMUC tem acompanhado e lutado desde o início da pandemia por condições de
trabalho e de atendimento aos usuários do SUS, além de medidas para proteção dos
trabalhadores. São muitas as denúncias e situações acompanhadas pelo sindicato,
todas essas denúncias têm sido encaminhadas para os órgãos competentes e a
resolução é cobrada da gestão.
Mas é preciso fortalecer ainda mais essa participação e
aproximar cada vez mais os trabalhadores do sindicato.
Além de responder aos questionários, e enviar as denúncias
para o canal Fala, servidor pelo WhatsApp (41) 99661-9335, é importante também
a participação de todos nos espaços de construção conjunta do sindicato, com os
coletivos da saúde. Fique atento aos canais oficiais de comunicação do SISMUC para
participar do próximo encontro.
Afinal, só a luta muda a vida. E para salvar vidas
precisamos lutar lado a lado! Porque do outro lado, temos um desgoverno que
cede à pressão dos empresários e flexibiliza as medidas de prevenção, mesmo com
a saúde sobrecarregada.
Mesmo com a saúde em colapso, medidas de prevenção são
flexibilizadas
A ocupação de leitos de UTI SUS continuou em 100% na última
quarta-feira (09/06), de acordo com o boletim da Prefeitura. Mas, em uma evidente
amostra de desrespeito com os trabalhadores da saúde, Curitiba amanheceu sob a
vigência da bandeira laranja, menos restritiva que o decreto anterior da
vermelha.
Com a flexibilização é possível esperar que em poucas
semanas haja um novo pico de infecções, internamentos e mortes, sem que o
sistema de saúde tenha se recuperado do colapso anterior, como já acontece
agora.
Os leitos de UTIs lotados demonstram só uma parte do
problema, afinal, se as UTIs estão todas ocupadas, significa que em todos os
níveis de atendimento da saúde o sistema está sobrecarregado. Os trabalhadores
a cada dia mais exaustos e adoecidos, sem saber quando a pandemia e a crise
sanitária vão dar um alívio. A demanda acima da capacidade também resulta
muitas vezes em falta de medicamentos, equipamentos e outras condições
necessárias para atendimento de qualidade.
A gestão municipal tem responsabilidade pela grave crise
sanitária que abala a cidade, já que desde o início da pandemia se exime da
responsabilidade de decretar medidas mais rígidas para combate à pandemia.
Por isso, os trabalhadores da saúde precisam mostrar sua
voz e denunciar as condições precárias de trabalho a que estão submetidos.
Unidos somos fortes!
