Na
audiência de prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde
(SMS) no combate à pandemia, que ocorreu na manhã desta terça-feira
(25), promovida pela Câmara Municipal, a secretária Márcia Huçulak
afirmou que os trabalhadores terceirizados estão, sim, recebendo a
vacina contra a Covid-19.
Mas,
você, trabalhador ou trabalhadora da educação, sabe que isso é
mentira, não é mesmo? Até o momento, os trabalhadores
terceirizados da limpeza e da alimentação das unidades escolares
estão de fora da vacinação. Muitos até procuram as unidades
de ensino para comprovar o vínculo, mas não conseguem obter a
declaração. E, mesmo tendo recebido diversos ofícios do SISMMAC e
do SISMUC, a Prefeitura ainda não se manifestou sobre a vacinação
dessa parcela da categoria.
Para
reforçar a pressão, as direções dos dois sindicatos oficiaram a
Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e o secretário Beto Preto na
manhã desta terça-feira (25). Há cerca de duas semanas, a Sesa
orientou que todos os trabalhadores da educação, da rede pública
ou privada de todo o estado, sejam vacinados.
Junto
a isso, o SISMMAC e o SISMUC lançam a campanha pela Vacinação
para todos os trabalhadores da educação e da assistência social,
inclusive para os terceirizados!Compartilhe a imagem nas suas
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Prefeitura de Curitiba. Unidos Somos Fortes!
Situação
das equipes de trabalhadores da limpeza
O
que acontece é que, de forma bastante cruel, as empresas
terceirizadas da limpeza das unidades escolares de Curitiba demitiram
dezenas de trabalhadores no último mês mesmo em meio a uma pandemia
e crise econômica sem precedentes. Com isso, as equipes de
limpeza da rede foram reduzidas e estão funcionando de forma
itinerante, o que significa que não estão vinculadas a escolas e
CMEIs específicos e, por isso, tem tido dificuldade em conseguir a
declaração.
Para
além disso, a Prefeitura também dificulta o acesso desses
trabalhadores à vacina quando não disponibiliza uma listagem com os
nomes daqueles que devem ser imunizados tanto para os locais de
trabalho quanto nos locais de vacinação.
Tanto
a demissão promovida pelas terceirizadas quanto a falta de
transparência e agilidade da gestão Greca são os responsáveis por
esses trabalhadores ainda não terem recebido a primeira dose da
vacina junto com os demais trabalhadores da educação.
O
governo precisa garantir a vacinação dos trabalhadores
terceirizados antes do retorno presencial. Eles cumprem papel
fundamental durante a pandemia de higienização dos ambientes e de
fornecimento de alimentos para os estudantes e precisam ser
imunizados!
Quem
é essencial não pode ser tratado com sobras!
Na
mesma audiência de hoje de manhã, a secretária Márcia Huçulak
afirmou que os trabalhadores da FAS serão imunizados com as doses
que sobrarem da vacinação dos trabalhadores da educação.
Os servidores da FAS
estão na linha de frente do combate à Covid-19 desde o início da
pandemia e, apesar de desempenharem um serviço essencial para a
população mais vulnerável da nossa sociedade, não foram
considerados prioritários pela gestão Greca para a vacinação
contra a doença.
A
gestão Greca precisa tratar com prioridade aqueles que arriscaram a
vida para garantir acesso a direitos básicos para aqueles que mais
precisam!