Trabalhadores de Pinhais realizam vigília contra retorno das aulas presenciais

O SISMUC e o SISMMAC participaram nesse domingo (23) do ato
em defesa da vida e contra o retorno das aulas presenciais realizado pelo
Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública Municipal de Pinhais (SINDEDUC).
As aulas presenciais no município foram retomadas nesta segunda-feira (24) e
representam uma grande exposição de toda a comunidade
escolar ao
risco de contágio pelo novo coronavírus – que muitas vezes pode ser letal.

A vigília realizada pelos trabalhadores de Pinhais em frente
à Secretaria Municipal de Educação protestou contra a decisão da prefeita do
município, que sem diálogo com a categoria, determinou o retorno das aulas
presenciais nesse momento gravíssimo da pandemia e sem a imunização completa
dos trabalhadores da educação. A curva de contágios e mortes pela Covid-19 está
mais uma vez em alta e os leitos de hospitais cada vez mais lotados,
representando mais um momento desafiador no controle da pandemia.

Não há como retomar as aulas presenciais sem a vacinação e
com as taxas de transmissão em alta. Isso sem falar a falta de condições
estruturais em escolas e CMEIs para garantir os protocolos de segurança
necessário. Curitiba serve de exemplo do caos que o retorno sem o controle da
pandemia pode causar. A experiência frustrada da volta às aulas presenciais na
capital, em apenas uma semana, resultou em pelo menos 115 servidores
contaminados, sendo 64 unidades escolares com contágio e 12 delas com surto de
contaminação. Ou seja, os poucos dias de atividades presenciais nas escolas e
CMEIs mostram que a pandemia cobra caro pela irresponsabilidade da gestão.

Os sindicatos apoiam a luta dos trabalhadores pelo direito
de se manter vivos nessa pandemia que a cada dia interrompe a vida de mais e
mais trabalhadores. Ano letivo se recupera, as vidas perdidas não!

Desgoverno genocida

Com a taxa de contágio em alta em todo o país, se faz
urgente ter medidas efetivas contra a pandemia, que incluem medidas de
restrição de circulação, aceleração do plano de imunização e auxílio financeiro
para permitir que os trabalhadores possam ficar em casa e preservar sua saúde.
Só que nenhuma dessas medidas é adotada ou mesmo incentivada por muitos
governantes, começando pelo presidente, que vai na contramão da necessidade de
preservar a vida dos trabalhadores.

No mesmo dia em que os trabalhadores se reuniam para lutar
pela vida e pela saúde da comunidade escolar, Jair Bolsonaro e seus apoiados
protagonizaram mais uma aglomeração. O passeio com motociclistas no Rio de
Janeiro, além de uma prova do desrespeito e falta de consideração pelas quase
450 mil vidas interrompidas pela Covid-19, foi mais uma vez palco da falta de
protocolos de segurança.

O desrespeito ao uso obrigatório de máscara e do
distanciamento já tem sido marca característica de um governo genocida,
que dispensou
vacinas e atrasou o plano nacional de imunização, e que não adota medidas para
garantir a sobrevivência da população, com um auxílio emergencial muito abaixo
do valor necessário para garantir a comida à mesa de uma família de
trabalhadores.

É preciso resistir contra governantes que tratam as nossas
vidas como se fossem descartáveis. O descaso com a vida da classe trabalhadora
é grande e está em todas as esferas de governo. A solidariedade e a união da
classe contra os desmandos e ataques são nossas principais armas para barrar a
matança dos trabalhadores. Unidos somos fortes!

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