Trabalho presencial na educação resultou em 115 servidores infectados

Pelo menos 115 trabalhadoras e
trabalhadores da educação confirmaram diagnóstico de Covid-19 desde o retorno
das atividades presenciais em 2021. A disparada no número de casos e a
ocorrência de surtos em pelo menos 12 unidades de ensino comprovam que o protocolo
é insuficiente para garantir a segurança e que a gestão Greca errou em retomar
as aulas presenciais mesmo sem a vacina e com taxas altas de contágio na
cidade.

O número total de servidores e estudantes que adoeceram
por causa da irresponsabilidade da gestão Greca ainda pode aumentar. A
cada dia, o SISMUC e o SISMMAC recebem informações de mais servidores que
testaram positivo para Covid-19 após o trabalho presencial em sala de aula ou
na entrega dos kits de alimentação. Em alguns casos, a notícia da confirmação
do resultado chega após. 

Diante do colapso na saúde
pública, é preciso que o poder público
decrete lockdown imediatamente para reduzir a circulação do vírus,
enquanto acelera a vacinação para proteger a população antes que as variantes e
mutações do vírus exijam a criação de novos imunizantes. Além das aulas
presenciais permanecerem suspensas até 
a garantia de vacinas e
de testes periódicos para os trabalhadores da educação, é preciso que a
Prefeitura viabilize a distribuição dos kits de alimentação de forma segura
,
utilizando voucher por exemplo, como parte de uma política pública mais
ampla que garante sustento a quem está desempregado ou na informalidade.

Na pior fase da pandemia,
Curitiba mantém a bandeira laranja e aposta no aumento improvisado de leitos
para internação, enquanto atividades não essenciais seguem em funcionamento e não
há sequer uma fiscalização ostensiva para coibir aglomerações e festas
clandestinas. A transformação improvisada das UPAs em hospitais e de unidades
básicas de saúde em pronto atendimento, mesmo sem estrutura e capacitação dos
trabalhadores para isso, mostra que a gestão Greca segue negligenciando os
aprendizados de outros países que conseguiram controlar a pandemia e que está
disposta a ir até a últimas consequências para manter o comércio aberto.

Com a publicação do Decreto
municipal n° 525/2021, confirmando a suspensão do retorno das aulas presenciais
até o dia 6 de abril, as servidoras e servidores da educação se mantêm em trabalho e a greve,
que começaria nesta quarta-feira (10), fica suspensa até um eventual retorno. A
categoria segue em assembleia permanente e uma nova assembleia pode ser convocada
rapidamente para deflagração de greve caso seja necessário.

Além
disso, a mobilização em defesa da vida continua, com a cobrança para que a
vacinação seja acelerada, por medidas garantam o isolamento da população nesse
momento de avanço da pandemia e por condições de trabalho dignas para as
trabalhadoras e trabalhadores da saúde que estão na linha de frente o combate à
Covid-19.

Essencial
é salvar vidas!

Envie sua denúncia para o WhatsApp da Educação

Os casos de suspeita e confirmação de COVid-19 podem ser comunicados aos Sindicatos peloWhatsApp da Educação (41) 99988-2680 ou pelo link http://bit.ly/DenúnciaEducação



Esse também o canal para o envio de denúncias sobre as condições de trabalho nas unidades de ensino. O SISMMAC e o SISMMAC deram início a um levantamento sobre as condições de ventilação das salas de aulas em escolas e CMEIs. Essas informações continuarão subsidiando nossa luta para que as aulas permaneçam suspensas até a garantia da vacina!