Atacar
o regime de previdência dos servidores é mesmo uma especialidade do desgoverno
Greca. Agora, após a reeleição, o foco do seu ataque é a aprovação das
regras da Reforma da Previdência no município, o que altera a idade mínima e o
tempo de serviço necessários para a aposentadoria, além de reduzir o valor da aposentadoria.
Ou seja, torna a
aposentadoria cada dia mais distante para os servidores de Curitiba.
O impacto da aprovação dessa medida é desumano para os
servidores que estão sobrecarregados e arriscando suas vidas durante a
pandemia. Isso sem falar da desvalorização, já que além do congelamento de
carreira, o funcionalismo municipal amarga um congelamento de contagem do tempo
de serviço, que prejudica o acesso a benefícios como quinquênio e
licença-prêmio.
Os mesmos trabalhadores que estão diariamente na linha de
frente da pandemia, agora precisam reunir forças para defender seu direito à
aposentadoria. Mais uma vez, a gente vê que a gestão tenta lucrar nas costas da
aposentadoria dos servidores.
O tema será cobrado pelos representantes do SISMUC e do
SISMMAC na reunião do Conselho de Administração do IPMC, que acontece no dia 12
de março, às 8h30.
Será que Greca planeja um calote ao IPMC?
O secretário municipal de Planejamento, Finanças e
Orçamento, Vitor Puppi,
afirmou que a gestão estuda “alternativas” para o parcelamento da dívida da
Prefeitura com o IPMC. Mas, em nenhum momento fica clara qual seria essa
alternativa. Será que Greca estuda outro calote na previdência dos servidores?
Vale lembrar que Greca já tirou R$ 695 milhões do IPMC no
pacotaço de 2017. Se a proposta da gestão foi uma renegociação, que perdoa a
dívida com os servidores, ela não pode ser aceita.
A dívida que Greca quer renegociar ou buscar “alternativas”,
diz respeito aos aportes ao IPMC que não foram feitas pela gestão Fruet. O
ex-prefeito havia parcelado a dívida em 60 vezes e Greca ampliou esse parcelamento para 200
meses.
Essa postura da gestão municipal representa o desinvestimento
na previdência do servidor. A queda no patrimônio do IPMC, é resultado também
dessa dívida não paga pela Prefeitura. Enquanto isso, a prefeitura injeta
dinheiro no fracassado Curitibaprev. Em outras palavras: tira dinheiro do
instituto de previdência solidária dos servidores para colocar mais no modelo
de capitalização da previdência.
Por isso, defender o IPMC diante dos ataques da gestão é
defender o direito à aposentadoria dos servidores municipais. Firmes!
Alto escalão se apressa em garantir sua aposentadoria
Enquanto o desprefeito prepara o ataque, o alto escalão da Prefeitura se apressa para garantir sua aposentadoria sem os cortes planejados pelo desprefeito.
Essa foi a denúncia recebido pelos sindicatos de que inclusive o secretário de governo, Luiz Fernando Jamur, quer garantir sua aposentadoria sem a modificação das regras. Ou seja, eles querem aplicar ao funcionalismo as regras que não querem pra si próprios.