presenciais que estão acontecendo em unidades escolares que tiveram surto de
coronavírus e que deveriam estar fechadas! E pelo jeito, nem o colapso do
sistema de saúde é o bastante para fazer com que o desgoverno Greca adote
medidas rígidas para a contenção da propagação do vírus.
Depois da cobrança
dos sindicatos e da comunidade escolar, a Prefeitura decidiu fechar a Escola
Municipal João Amazonas pelo prazo de 10 dias. O problema é que essa decisão
saiu só no final da tarde e, antes disso, a escola passou o dia aberta para a
entrega dos kits à comunidade.
A unidade abriu
quando havia dois casos com diagnóstico de Covid-19 e outros dois casos
suspeitos, o que já pode ser entendido como surto segundo o protocolo da
Prefeitura, especialmente quando há suspeita de que os casos estejam
relacionadosa
uma mesma cadeia de transmissão.Os sindicatos
cobraram o Núcleo Regional de Educação e o Distrito Sanitário do Tatuquara para
que a entrega fosse transferida para outro lugar. Entretanto, a administração optou por manter o
atendimento presencial e só decidiu fechar a unidade pelo prazo de 10 dias no
final da tarde, após a confirmação do terceiro caso de Covid-19. A demora da Prefeitura
para agir nesse caso, mesmo com o alerta dos sindicatos e da própria escola, é
mais uma prova do descaso da gestão e da ineficácia do protocolo, que não
garante a segurança nas unidades e coloca a vida da comunidade escolar em
risco.
No CMEI Fani Lerner, local que teve cinco casos
confirmados, a história se repete. O CMEI deveria estar fechado e ser
sanitizado, mas não foi o que aconteceu, já que a entrega foi realizada no
local por outra equipe.
Sem a sanitização, os funcionários do CMEI estão
em trabalho remoto. No entanto, trabalhadores do Núcleo Regional de Educação
foram chamados para fazer entrega dos kits no CMEI. Trabalhadores da
limpeza de outras unidades escolares também foram chamados para trabalhar no
Fani Lerner. Assim, os profissionais vêm de outros locais que não
tiveram nem casos suspeitos para se expor em outra unidade, contribuindo para
que o vírus circule ainda mais.
Com o “jeitinho” dado pela gestão, escolas e CMEIs receberam a
comunidade para a entrega dos kits mesmo com surtos de casos de Covid-19 e com riscos de contaminação.
No momento em que o Brasil atinge trágicos
recordes no número de mortes por coronavírus e se aproxima da marca de 2 mil
vidas perdidas diariamente, é assustador ver a irresponsabilidade com que a
vida dos trabalhadores da educação, alunos e familiares é tratada em Curitiba.
Além disso, a Prefeitura tem ignorado o colapso da saúde que vivemos e com isso
sobrecarregado ainda mais os que estão na linha de frente.Sem leitos,
as Unidades de Pronto Atendimento têm filas de ambulâncias nas suas portas, e
em caso de surto nos locais de trabalho os servidores e a comunidade ficarão
desamparados.
Faça
a sua denúncia!
O
descaso da Prefeitura em relação aos trabalhadores do CMEI Fani Lerner e da
Escola Municipal João Amazonas foi incluído na denúncia que os sindicatos
SISMMAC e SISMUC têm protocolado diariamente para o Ministério Público do
Trabalho (MPT).
Se a
sua escola ou CMEI se manteve aberto mesmo depois de ter casos confirmados de
Covid-19 que estiveram na unidade antes do diagnóstico, comunique os Sindicatos
por meio do nosso Canal de Denúncias da Educação (41) 99988-2680. Assim,
poderemos cobrar medidas necessárias junto ao Distrito Sanitário e ao MPT.
Assembleia de deflagração da
greve
Diante de tanto descaso e irresponsabilidade com a vida,
trabalhadoras e trabalhadores da educação se reúnem em assembleia virtual
neste sábado (06/03), às 14h (em primeira chamada), pelo Zoom.
A greve é necessária em defesa das vidas dos trabalhadores,
dos estudantes e de toda a população de Curitiba!
É preciso fazer uma breve inscrição embit.ly/assembl3ia
Lembre-se de fazê-la com antecedência, pois a conferência é feita manualmente
e, se você deixar para a última hora, pode perder o início da atividade!
Converse com os seus colegas, a participação de todos nessa assembleia é muito
importante!