Em assembleia, servidores aprovam pauta geral de reivindicações

Na noite da sexta-feira (26), servidores municipais se
reuniram em assembleia para referendar a pauta geral de reivindicações do
funcionalismo municipal de 2021. Com a pandemia já há um ano afetando o serviço
público municipal,
as ações relacionadas ao enfrentamento do coronavírus e
proteção aos trabalhadores se somaram a questões históricas dos servidores na
construção da campanha de lutas deste ano.

O sindicato em conjunto com os trabalhadores reivindica que
a gestão avalie os locais de trabalho a fim de assegurar que os protocolos
sanitários sejam seguidos,
inclusive com reavaliação e fiscalização
constantes. Essas medidas de proteção são fundamentais para garantir a saúde e
a segurança dos servidores no enfrentamento à covid-19, desafio que se junta a
outros tantos enfrentados pelo funcionalismo.

Condições de trabalho

A defasagem do quadro de servidores tem gerado sobrecarga de
trabalho a servidores de todas as áreas, que estão cada vez mais adoecidos, por
isso, a contratação de mais servidores está entre as lutas do funcionalismo
municipal.

Outra questão relevante diz respeito ao fim das
terceirizações. A política de Greca de entregar o serviço público nas mãos da
iniciativa privada já vem prejudicando – e muito – o atendimento à população
usuária dos serviços públicos, ao mesmo tempo em que precariza as condições de
trabalho. Por isso, lutar contra a terceirização é uma demanda urgente dos
trabalhadores.

Salários defasados

Vários anos com reajustes abaixo da inflação – ou sem ter
reajustes – geraram uma perda significativa para os servidores. Por isso, uma
das reivindicações é pelo ganho real de 3,66%, além da reposição das
perdas salariais.

De acordo com os dados apresentados pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o
funcionalismo municipal já tem uma perda salarial de 18,09%, no acumulado das
perdas históricas do funcionalismo municipal, de março de 1999 a outubro de 2020.
Com a estimativa de inflação para esse ano, o acumulado de perdas chegaria a
quase 25%. Só durante o governo Greca, os servidores já somam perda salarial
de 7,40%, e com mais a estimativa de inflação para este ano poderia chegar a
13%.


Já a perda da massa salarial é de 2,82 salários, em
função de reajustes abaixo da inflação, considerando o período de abril de 2017
a outubro de 2020.


Os dados da receita do município também apontam que os
gastos com pessoal do município de Curitiba estão bem abaixo do limite
prudencial dos gastos com pessoal. Ou seja, a decisão de reajuste dos
servidores diz respeito à prioridade política da gestão, não à limitação
orçamentária.

A pauta geral de reivindicação dos trabalhadores, assim
como as pautas específicas das categorias, foi entregue à gestão municipal
nesta segunda-feira (01/03).
A partir daí, devem ser iniciadas as mesas de
negociação, que não aconteceram ano passado para todas as categorias sob a
desculpa da bandeira laranja que estava em vigor, mas que na realidade só
aponta o descaso da gestão municipal com os servidores.

Para alcançarmos conquistas nesse cenário tão desafiador, é
fundamental que os servidores estejam unidos e participem dos espaços de debate
construídos pelo sindicato.

Nota de pesar – Lawrence Carvalho Ferreira da Silva

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