Coletivos do SISMUC mostram a falta de condições de trabalho

As condições de trabalho relacionadas à pandemia do novo
coronavírus estão entre os principais tópicos de discussão nos coletivos
promovidos pelo SISMUC, com os servidores das diferentes categorias. Os pontos
levantados ajudam a compor a pauta de reivindicações que será levada para
negociação com a gestão municipal. Devido à pandemia os encontros estão sendo
virtuais.

Nos últimos dias, foram realizados os coletivos dos agentes
de combate de endemias (ACEs), dos polivalentes e servidores da Fundação
Cultural de Curitiba (FCC), dos aposentados, dos trabalhadores da Secretaria
Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) e dos agentes administrativos.
As demais categorias terão coletivos nos próximos dias. Clique aqui para conferir as
datas.

ACEs

Os pontos abordados na reunião do coletivo dos ACEs focam em
questões que vêm sendo trabalhadas e construídas coletivamente pelo sindicato
em conjunto com a categoria. Uma das reivindicações diz respeito à luta dos
ACEs para ter os mesmos direitos dos servidores estatutários, já que esses
trabalhadores são contratados pelo regime CLT e não têm acesso a muitos dos
benefícios dos servidores municipais. Os ACEs também reivindicam o adicional de
risco de saúde, pois estão expostos a riscos diários.

Polivalentes e FCC

Os polivalentes continuam reivindicando reconhecimento e
valorização, apesar do desprefeito Rafael Greca ter extinto a carreira com uma
canetada e apoio dos vereadores da sua base. A categoria que está na ativa
reivindica a entrega dos equipamentos de proteção individual (EPI) adequado
para os diferentes serviços que executam, além dos necessários para
enfrentamento do novo coronavírus.

Já os servidores da FCC, além dos EPIs adequados,
reivindicam a criação e implantação do plano de carreira dos servidores da
Fundação, entre outros pontos. Já existe um plano construído, mas que não foi
considerado pela administração.

Aposentados

No encontro virtual dos aposentados, o destaque das
reivindicações apontadas no coletivo é a criação de um programa de
acompanhamento geriátrico específico para aposentados, que poderia ser
coordenado pelo Instituto Curitiba de Saúde (ICS), entre outros pontos.

SMELJ e Administrativos

A criação de protocolos para o retorno das atividades
presenciais das SMELJ, previsto para o dia 1º de março, foi um dos pontos
centrais de discussão. É necessária a criação de um protocolo também voltado
para a comunidade, orientando sobre o uso dos equipamentos. Durante a reunião,
trabalhadores também lembraram que como EPI para enfrentamento da Covid-19,
foram disponibilizadas apenas máscaras de tecido, equipamento insuficiente para
a categoria que trabalha diretamente com o atendimento aos usuários.

A falta de EPIs adequados também foi ponto de debate para os
agentes administrativos, além da necessidade de vacinação, afinal muitos
agentes administrativos estão na linha de frente do combate ao Covid-19 e não
estão sendo considerados no plano de vacinação. Outra reivindicação foi a
implantação de escala, para que haja revezamento de servidores no serviço
presencial neste período de pandemia.

São muitas as dificuldades enfrentadas pelos servidores no
local de trabalho. Mesmo antes da pandemia a falta de EPIs já era uma pauta
constante de reivindicação dos servidores. Com a pandemia esse ponto foi
mantido e ampliado, afinal é necessário dar condições de trabalho!

A organização e a união dos trabalhadores é a única forma de
lutar para que possamos defender e avançar nos direitos dos trabalhadores. Este
ano, os desafios estão ainda maiores em virtude da pandemia. Por isso, a
participação de todos nos espaços de construção coletiva do sindicato é
essencial. Juntos, servidores e Sindicato podem cobrar a Prefeitura pela
manutenção dos nossos direitos.