Um incêndio em 3 de novembro de
2020 destruiu o transformador que levava luz à maior parte da população do
estado do Amapá, provocando um apagão que deixou cerca de 765 mil pessoas sem
luz por 22 dias. Este é o cenário retratado no documentário Amapá: quem
vai pagar a conta?, dirigido pelo premiado cineasta Carlos Pronzato.
O documentário retrata como grande
parte das cidades enfrentou os problemas no fornecimento de energia elétrica em
plena pandemia de Covid-19, que também interrompeu o abastecimento de água,
serviços de telefonia e internet e impôs dificuldades para comprar e armazenar
alimentos
O filme reúne mais de 30
entrevistas realizadas durante os dias de apagão na cidade de Macapá. Além dos
depoimentos de moradores que vivenciaram o caos, Pronzato também entrevistou
professores e sindicalistas que ajudam a desvendar o conjunto de negligências
que resultou no apagão sem precedentes na história do estado.
Amapá: quem vai pagar
a conta? foi lançado no final de janeiro e está disponível
gratuitamente no canal de Carlos Pronzato no Youtube.
Trata-se de um filme essencial
para quem deseja entender as consequências do apagão e sua relação com o amplo
processo de privatização no setor elétrico. A multinacional Isolux é
responsável pela subestação de energia no Amapá desde 2015. Entretanto, foi a
empresa estatal Eletronorte quem teve que resolver o problema após o incêndio,
já que a multinacional alegou que não ter outro transformador para ser usado em
um momento de emergência.
Carlos Pronzato é um cineasta argentino radicado no Brasil e
um dos principais documentaristas da atualidade, com foco em temas populares e
processos de lutas. Ele também é o diretor de Firmes, professores! A Luta
É Todo Dia!,documentário que aborda ascondições de trabalho
do magistério municipal de Curitiba