PSSs da educação são convocados para retornarem às atividades

Os trabalhadores contratados via Processo Seletivo
Simplificado (PSS) têm sido negligenciados pela administração municipal durante
a pandemia. Na educação, a situação não é diferente. Com a propaganda de
retorno presencial das aulas, a administração divulgou nesta segunda-feira (1)
um ofício que determina que todos os trabalhadores da educação contratados
via PSS retornem às atividades presenciais nesta quarta-feira (3).

O aviso foi dado em cima da hora, sem organização e nem
orientação de como será o retorno aos locais de trabalho em relação aos
protocolos de combate à Covid-19. O retorno cheio de dúvidas e incertezas é uma
realidade que os trabalhadores da educação, servidores ou PSS, têm sentido na
pele.

A negligência também chega aos servidores, já que a
Prefeitura aprovou um protocolo de retorno das aulas presenciais que não condiz
com a realidade do município e, além disso, exige que administrativos e
inspetores voltem às atividades presenciais antes do início das aulas.
E
nesse momento de pandemia, a luta se estende para que as atividades presenciais
sejam suspensas até a garantia da vacina para todos.

A atual gestão não tem medo de brincar com a vida dos
trabalhadores e insiste em expor trabalhadores ao risco mesmo em um momento tão
delicado da pandemia com um número de casos que continua alto e com uma nova
cepa que deve ser estudada. Por isso, os Sindicatos indicaram a realização de
uma assembleia no início de fevereiro e todos os trabalhadores da
educação podem participar, inclusive os que possuem contratos temporários.

Protocolos insuficientes: nossa vida em risco

Os protocolos da Prefeitura têm sido insuficientes desde o
início da pandemia. Na saúde, mesmo onze meses depois da chegada do vírus em
Curitiba, ainda temos que lutar por equipamentos de proteção individual e por
condições de trabalho adequadas. Você já imaginou como vai ser na educação?

A irresponsabilidade da gestão Greca com o combate à
pandemia gerou diversas denúncias que foram levadas ao o Ministério Público do
Trabalho (MPT) pelo SISMUC e SISMMAC. O MPT se pronunciou nesta terça-feira (2)
recomendando que o desgoverno Greca e Ratinho revejam o retorno das aulas
presenciais.

De acordo com o MPT, a exposição dos profissionais de
educação e dos estudantes a maior risco de contágio pela Covid-19 levará a um
aumento dos casos e dos óbitos causados pela doença.

O aumento do número de casos coloca em risco a vida dos
trabalhadores e da comunidade, além de poder sobrecarregar o sistema de saúde.