Fala, Servidor: na UPA Sítio Cercado ambiente está cada vez mais caótico

A
situação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba tem
se agravado a cada dia
contribuindo para o esgotamento físico e
mental dos servidores municipais.
Após o fechamento das UPAs
Boqueirão, Fazendinha e de 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS), a
situação nas demais UPAs da cidade se agravou, pois passou a
atender os usuários das outras unidades. Com equipes reduzidas desde
antes da pandemia, o aumento de casos de Covid-19 e sem investimento
na melhoria das condições de trabalho, os servidores se sentem em
um
ambiente de caos e insalubridade.

Após
o fechamento da UPA Boqueirão, a situação na UPA Sítio Cercado
ficou mais crítica. O atendimento do setor Covid-19, que deveria ser
pra atender
seis pessoas, já chegou a atender 27, sem
condições de promover o distanciamento entre as macas e cadeiras e
sem os insumos necessários. Ao contrário do que a Prefeitura
vem propagando, as unidades não têm estrutura suficiente para o
aumento do número de casos.

A
situação ainda se agrava porque
o setor não tem equipamento de
saída de oxigênio
, são apenas dois suportes para soro, e só
dois monitores.
Em mais de uma ocasião acabou o oxigênio dos
torpedos, e foi necessário
dividir o equipamento entre os
pacientes.
Não há carrinhos para carregar os torpedos do
almoxarifado até o local de atendimento, sobrecarregando os
servidores que precisam dar um jeito na situação. Essa denúncia, assim como outras situações relatadas pelos servidores, vai ser levada ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Afinal, o que a
Prefeitura tem feito é
desumano!

Como
trabalhar em um ambiente assim? Como salvar a vida da população?
Como manter os trabalhadores ativos com essas condições?
Essas
são perguntas que a Prefeitura se recusa a responder! Não há
equipamentos suficientes para atender os pacientes e o servidores tem
recebido em troca pela sua dedicação, pressão e assédio moral.

O
fechamento das UPAs aconteceu com a desculpa de reordenamento da
saúde para abertura de leitos exclusivos de Covid-19. O engraçado é
que a Secretaria Municipal de Saúde só se preocupou com isso após
a reeleição do desprefeito. Esse tipo de manobra escancara a falta
de políticas públicas para o enfrentamento da pandemia!

As
UPAs não têm sequer banheiros e chuveiros suficientes para a
quantidade de internamentos, fazendo com que a equipe de enfermagem
precise se desdobrar ainda mais para realizar cuidados necessários.

Isso sem falar da falta de servidores para
atender os pacientes e da ausência de estrutura em todas unidades e
leitos mais adequados.
E mesmo assim, a Prefeitura tem preferido
culpar a população pela alta dos casos Covid ao invés de garantir
a estrutura necessária para atender a população e garantir
condições de trabalho adequadas.

São
necessárias mais contratações de profissionais, o chamamento dos
trabalhadores da enfermagem que passaram no último concurso público,
a ampliação dos leitos para Covid-19 através de hospitais de
campanha, a reabertura imediata das UPAs e, além disso, medidas
eficazes para o controle da doença, como o lockdown.
É
preciso valorizar os trabalhadores e dar condições adequadas de
trabalho!

Se a
administração não tem respeitado medidas para manutenção da
saúde dos trabalhadores, entre em contato com os Sindicatos pelo
Fala, Servidor no WhatsApp (41) 99661-9335. Vamos fazer pressão na
atual gestão para que possamos garantir condições adequadas de
trabalho em meio à pandemia!