SISMUC questiona o fechamento das UPAs no Conselho Municipal de Saúde

Na reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) realizada
nesta quarta-feira (9), o SISMUC bateu de frente com o faz de conta da gestão e
dos conselheiros que apoiam Greca incondicionalmente. Enquanto muitos dos
conselheiros embarcam na onda de fingir que está tudo bem para agradar a
gestão, foram os representantes dos sindicatos que usaram o espaço para
questionar as medidas insuficientes que a gestão está adotando
no controle da pandemia.

O representante do SISMUC denunciou os vários problemas
enfrentados com a decisão do desgoverno Greca de fechar as Unidades de Pronto Atendimento
para atendimentos de urgência e emergência e transformá-las em leitos de
hospital para atendimento a casos clínicos e de Covid-19.
O problema é que
essas unidades não têm a estrutura adequada para atender os pacientes que
precisam de internamento. Em contrapartida, a população fica sem a assistência adequada
no atendimento de urgência e emergência. A situação nas UPAs Boqueirão e
Fazendinha é insustentável e é preciso tomar medidas urgentes para salvar o
atendimento público de saúde.

A reivindicação do sindicato e dos trabalhadores é a abertura
de hospital de campanha
, para não afetar o atendimento da população em
geral, que necessitam de outros atendimentos de emergência além do coronavírus.

Outro ponto destacado pelo sindicato são as péssimas
condições de trabalho enfrentadas pelos trabalhadores da saúde. Só quem está na
linha de frente sabe a agonia que os servidores vêm passando com essa gestão.
Trabalham
até a exaustão, sem valorização e nem sequer equipamentos adequados de
proteção!
Enquanto isso, os casos só aumentam a cada dia, afinal, a gestão
está relutante em fechar as atividades não essenciais – única forma de conter o
avanço do vírus e de evitar o colapso total.

Inclusive, a falta de trabalhadores da saúde na UPA foi um
questionamento feito à Secretaria de Saúde. Então, a secretária Márcia Huçulak,
que já chegou a afirmar em entrevista que faltavam trabalhadores para abrir
mais leitos, de repente voltou atrás e mudou seu discurso, informando
que há equipe suficiente, e que, portanto, não haveria necessidade de
concurso.
Mas quem está na ponta sabe que essa não é a realidade.

Os servidores ainda foram parabenizados na reunião, o que é
uma verdadeira ironia. Os parabéns não passam de palavras vazias, já que
aqueles que estão na linha de frente precisam lutar continuamente por condições
dignas de trabalho, valorização e proteção.
Isso sem falar que enquanto a
situação se agrava, a gestão avança na terceirização do atendimento público de
saúde, agora com a estratégia da quarteirização do serviço.

Mas, se Greca e seus aliados avançam na precarização da
saúde pública, a resposta dos trabalhadores tem que ser a luta!
Participe
da campanha do SISMUC em parceria com os demais sindicatos. Acompanhe as
notícias nos canais oficiais do sindicato e integre essa luta. Firmes!

BOX: Abaixo-assinado contra o colapso da saúde em Curitiba e
Araucária

Os sindicatos SISMUC e SISMMAC de Curitiba, SIFAR e SISMMAR
de Araucária, lançaram um abaixo-assinado de protesto contra o colapso
anunciado do sistema de saúde nas duas cidades. Você pode contribuir com essa
luta assinando e divulgando esse documento.