Os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) se reuniram na
última terça-feira (24) para discutir as condições de trabalho da categoria.
Mais uma vez, os trabalhadores lembraram que possuem uma rotina que coloca em
risco a saúde e a segurança de todos. E, embora a Prefeitura ignore as condições
em que estão inseridos os ACEs, os trabalhadores seguem lutando!
Em 2019 a categoria realizou uma greve de mais de 15 dias, e
agora, voltam a discutir suas principais pautas, que só cresceram com a
pandemia. Na época, a Administração entrou com uma ação para declarar a greve
dos trabalhadores ilegal – esquecendo-se que com os baixos salários e as
péssimas condições de trabalho, os ACEs tem direito de se manifestar – porém,
somente nesta quinta-feira (26) é que foi realizada a primeira audiência de
conciliação com a Prefeitura.
Infelizmente, a atual gestão mais uma vez mostrou que não
existe negociação e disse não haver interesse em repor as horas de trabalho dos
ACEs. O Sindicato ainda segue na justiça na tentativa de mostrar como o
trabalho dos ACEs é essencial e de declarar a greve dos trabalhadores é legal.
Nossa luta é por
reconhecimento da insalubridade, melhores salários e condições de trabalho do
dia a dia
Além de terem baixos salários, os ACEs estão expostos a
diversos riscos no cotidiano. Os servidores trabalham diretamente em locais com
diversos tipos de lixo, animais e estão sujeitos também a violência da
população.
E durante a pandemia, os riscos só aumentaram! A falta e
ineficiência dos equipamentos de proteção individual (EPI) têm sido uma das
questões colocadas pela categoria. O fornecimento de EPI é insuficiente e não
leva em consideração o trabalho que é realizado, pois os ACEs ficam expostos
nas ruas e entram em diferentes ambientes para realizar a atividade.
Além disso, em meio a pandemia, os ACEs fizeram um trabalho
incrível para auxiliar no controle da dengue e outras doenças que poderiam ter
destruído ainda mais a saúde da população. E, por esse importante trabalho, a
administração municipal se vangloria de pagar cerca de R$ 1400.Ou seja,
mesmo realizando um trabalho imprescindível pra saúde da população, a gestão
Greca continua remunerando muito mal os trabalhadores, mostrando o descaso com
o serviço público.
A importância da Comunicação
de Acidente de Trabalho
Com as condições de trabalho precárias, durante a reunião,
mais uma vez, os trabalhadores foram alertados sobre a importância de fazer a
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) quando são vítimas de mordidas de
cachorro, que é uma situação comum, entre outras situações de risco.E
também, registrar Boletim de Ocorrência quando sofrem assédio ou são ameaçados em
locais onde vão fazer as visitas de trabalho.
Os ACEs relataram uma grande dificuldade que a administração
impõe, justamente para que os trabalhadores muitas vezes desistam de realizar o
CAT. O SISMUC enviou um ofício para cobrar que a Prefeitura adote melhores
protocolos para realização desse importante procedimento.
Além disso, o sindicato vem desenvolvendo estudos para
reforçar a necessidade de garantir a segurança e a saúde desses trabalhadores.
Responsáveis pela fiscalização de ambientes e ações para
controle de doença como dengue, é hora de valorizar os ACEs! A união da
categoria é o que fortalece e ajuda a organizar a luta dos trabalhadores.