Em quatro dias, três escolas sofrem assalto e vandalismo

Os casos de assaltos à mão armada nas escolas continuam. Nesta
quinta (26) e quarta-feira (25), os alvos foram as escolas municipais Laís
Peretti e Rio Negro.

Os trabalhadores da Escola Municipal Laís Peretti foram
rendidos na manhã desta quinta-feira (26), por um homem armado, momentos antes do início da distribuição dos
kits alimentação para a comunidade. Os trabalhadores foram trancados numa sala de aula e ameaçados,
enquanto o assaltante pegava os celulares das vítimas. Ele fugiu e até o
momento não foi encontrado.

Entre as vítimas, estavam trabalhadores da empresa
terceirizada de alimentação utilizada pela Prefeitura, a Risotolândia. É
importante que o direito à Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) a esses
trabalhadores seja garantido
, para além de toda a assistência que for
necessária.

Ontem (25), o alvo foi a Escola Municipal Rio Negro. A
unidade foi invadida por dois homens, que foram confundidos com prestadores de
serviço, enquanto a direção, as inspetoras e algumas professoras estavam
trabalhando. Eles arrancaram uma das câmeras de segurança da escola. A
informação ainda não foi confirmada, mas, suspeita-se que foram as mesmas
pessoas que assaltaram a Escola Municipal Umuarama no início da semana.

Essa onda de assaltos sofrida nos equipamentos municipais,
que hora se intensifica hora se acalma, mas nunca acaba, coloca os
trabalhadores do município numa situação de insegurança e vigília cada vez
maior.

Após o assalto na EM Umuarama, o SISMUC e o SISMMAC enviaram
ofícios tanto para a Secretaria Municipal de Educação quanto para a Secretaria
Municipal de Defesa Social e Trânsito para que tomem providências quanto à falta de segurança
nas escolas.

A Prefeitura não apresenta propostas concretas para
enfrentar o problema da insegurança e prefere tentar jogar toda a
responsabilidade para a empresa terceirizada responsável pela segurança. Quando
questionada, a gestão Greca responde com arrogância e descaso, indicando
caminhos de notificação que já se provaram insuficientes para resolver o
problema.

As direções e os departamentos jurídicos dos Sindicatos
elaboraram um conjunto de orientações sobre como proceder em caso de furto ou
roubo nos equipamentos públicos. Confira os
protocolos a serem adotados:

Precisamos de mais segurança

A resposta aos casos de violência e vandalismo que crescem a
cada dia num país que aumenta a desigualdade social na mesma velocidade, nunca é simples. Mas a
gestão do prefeito Rafael Greca ultrapassa todos os limites ao negligenciar a
situação a qual os equipamentos públicos da cidade estão expostos.

A presença da Guarda Municipal nas unidades escolares é uma
reivindicação antiga do conjunto dos servidores da educação que é, ano a ano,
rejeitada pela Prefeitura com a desculpa da falta de efetivo e do contrato com
a empresa terceirizada de monitoramento e segurança patrimonial. Para contratar
mais guardas municipais, basta ter vontade política e encarar os serviços
públicos e a segurança de trabalhadores e usuários como uma prioridade. Até
quando essa reivindicação seguirá sendo negligenciada?
O que mais precisa
acontecer para que a gestão Greca tome uma atitude e comece construir soluções
para o problema da insegurança nas unidades escolares?

Além de estarmos alerta, precisamos envolver a comunidade
em nossas denúncias e cobrar sistematicamente a Prefeitura por mais segurança
nas unidades.

Como proceder em caso de furto

– Avisar o Núcleo Regional de Educação, solicitando presença constante da Guarda Municipal (GM) na unidade;



– Registrar Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima;



– Caso tenha ocorrido alguma lesão física ou psicológica, recomendamos a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), que deve ser feita pela chefia imediata pela Prefeitura ou por qualquer médico (confira mais informações em https://servidor.curitiba.pr.gov.br/conteudos/acidente-de-trabalho-cat/90



– Realizar protocolo e reclamação na Central de Atendimento 156 por ausência de segurança na unidade de ensino;



– Enviar ofício para a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, solicitando mais presença da GM no entorno da unidade de ensino;



– Comunicar a comunidade do entorno da unidade sobre o ocorrido, informando sobre eventuais faltas de equipamento ou se a unidade fechará por alguns dias;



– Caso esses eventos sejam recorrentes na unidade ou na região, realizar denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a falta de segurança para realização do trabalho. O registro deve ser feito em https://peticionamento.prt9.mpt.mp.br/denuncia