A Escola Municipal Umuarama, no
Capão Raso, mais uma vez foi alvo de um assalto à mão armada na última
segunda-feira (23). Um grupo de professores e funcionários preparava as
atividades que serão distribuídas na próxima semana com os kits de alimentação,
quando dois homens entraram na unidade, renderam as trabalhadoras com
insultos e violência e fugiram em seguida levando dinheiro e pertences
pessoais, incluindo alianças e outros objetos de valor.
Além da perda material, os
insultos e a violência abalaram as trabalhadoras da educação e demais funcionárias que estavam na
escola no momento do assalto. A sensação de insegurança que já existia em razão
dos riscos de exposição à Covid-19 se intensifica ainda mais diante do
desamparo e do medo de que um assalto semelhante volte a ocorrer.
Infelizmente, essa não foi a
primeira vez que as trabalhadoras e trabalhadores da escola sofreram com a
violência de um assalto à mão armada. Em 2018, a direção da unidade, uma mãe de
aluno e um grupo de professoras foram assaltados e mantidos reféns por
quatro assaltantes após uma reunião da Associação de Pais, Professores e
Funcionários (APPF). No ano anterior, o carro de uma professora foi
roubado à mão armada em frente à unidade.
Mesmo com furtos e assaltos
frequentes a unidades escolares, a Prefeitura segue negando a gravidade da
situação e só vem emitindo o registro da Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT) após a intervenção e pressão do sindicato em 2018. Além disso, não apresenta propostas concretas
para enfrentar o problema da insegurança e prefere tentar jogar toda a
responsabilidade para a empresa terceirizada responsável pela segurança.
O SISMUC e o SISMMAC enviaram ofícios à Prefeitura
cobrando que a administração dê suporte aos trabalhadores que foram vítimas do
roubo e garanta a presença de um guarda municipal na unidade para reforçar a
segurança e inibir novos assaltos. O documento também reivindica que a
Prefeitura discuta com os sindicatos propostas para enfrentar o problema generalizado
da falta de segurança nas unidades escolares. É urgente que a Prefeitura
volte a garantir a presença de um guarda municipal nos horários de
funcionamento das unidades escolares, além de avançar na criação de programas
que envolvam a comunidade.
A presença de um guarda municipal
nas unidades escolares é uma reivindicação antiga do conjunto dos servidores da
educação que é, ano a ano, rejeitada pela Prefeitura com a desculpa da falta de
efetivo e do contrato com a empresa terceirizada de monitoramento e segurança patrimonial. Até
quando essa reivindicação seguirá sendo negligenciada? O que mais precisa
acontecer para que a gestão Greca tome uma atitude e comece construir soluções
para o problema da insegurança nas unidades escolares?