Na
última quarta-feira (21), as direções do SISMUC e do SISMMAC enviaram um ofício ao Conselho
Municipal de Educação (CME) solicitando que as reuniões fossem realizadas de
forma online, com o objetivo de evitar o contágio da Covid-19 entre os conselheiros. No começo do
ano, o conselho se recusou a avaliar outras possibilidades e realizou encontros
presenciais em abril e maio, quando a OMS já havia declarado a pandemia do novo
coronavírus.
O
assunto foi colocado em
pauta na manhã desta quinta-feira (22) em mais uma reunião presencial no
CME. Os representantes dos sindicatos, junto com conselheiros de outros
segmentos, reforçaram que são contra os encontros presenciais, pontuando também
que vários membros são do grupo de risco e que uma das conselheiras já faleceu
em decorrência da Covid-19.
Diante
das críticas, os representantes da Secretaria Municipal de Educação (SME)
alegaram que a internet não é boa o suficiente na Secretaria para realizar a
reunião online. Essa é uma desculpa muito contraditória, considerando que a
Prefeitura não consultou ou deu suporte aos servidores da educação que
necessitam da própria internet para realizar o trabalho remoto.
Em
votação, mesmo com resistência por parte dos servidores da SME e dos núcleos
regionais, foi decidido que os conselheiros podem optar em participar da
reunião de forma on-line, principalmente aqueles que fazem parte do grupo de
risco.
Apesar
da
atual situação do município ainda ser preocupante em relação à taxa de
reprodução da doença, a gestão Greca, visando a reeleição, forçou a transição
de volta à bandeira amarela. No entanto, sabemos que ainda não deveríamos ter
saído da bandeira laranja e que o trabalho remoto deve ser indicado para a
evitar a transmissão do novo coronavírus.
Mesmo
sabendo dos riscos, a Prefeitura suspendeu no dia 16 de outubro a possibilidade
de revezamento entre servidores, incluindo o que atuam nos núcleos regionais e
na secretaria da educação. E essa falta de consideração com a saúde reflete
também na postura da CME.
Normativa nº 5 e manifesto
Em
resposta ao ofício criticando a instrução normativa nº 5 da Prefeitura e ao manifesto
sobre os Conselhos de Classe em meio à pandemia, a CME apenas informou que esse
tipo de encaminhamento compete somente à mantenedora. Isso mostra que o
Conselho só está interessado em seguir os passos da Prefeitura e não se importa
realmente em discutir sobre a realidade da educação pública.
Por
isso, nós da direção do SISMUC
e do SISMMAC sabemos que não podemos contar com o Conselho Municipal de
Educação (CME), mas seguimos
firmes nessa instância para marcar a nossa resistência diante dos desmandos da
gestão Greca!