Verdade vem à tona: Prefeitura reconhece recuo no corte do leite em pó

A
Prefeitura teve que reconhecer que deu aval para a redução de 20% do leite em
pó nos kits de alimentação para setembro e só
voltou atrás após a denúncia dos sindicatos e a repercussão negativa entre a
população. A verdade veio à tona no
ofício da Secretaria Municipal de Educação, em resposta a um pedido de
informação de vereadores.

O documento
confirma o que o SISMUC e o SISMMAC já denunciaram. No dia 28 de agosto, o Conselho
de Alimentação Escolar (CAE) deliberou sobre a quantidade do leite em pó
fornecido aos estudantes da rede municipal. A deliberação ocorreu em resposta à
pressão das empresas terceirizadas que reivindicavam uma redução mais drástica de
60% para enviar apenas 400g ao invés de 1kg de leite em pó. O ofício confirma
que essa reunião do CAE definiu um novo “padrão mínimo para o kit de setembro”, ou seja, cedendo à pressão aceitaram a redução em 20%.

Como
já é comum na gestão Greca, a escrita do ofício foge de uma resposta franca
sobre o tema, não descreve exatamente qual foi a deliberação do CAE e não
reconhece abertamente que o recuo foi resultado da denúncia dos sindicatos e da
pressão da população nas redes sociais. Ao
invés disso, prefere argumentar que as quantidades definidas no CAE servem como
balizador e que a composição final dos kits é responsabilidade da equipe de
nutrição local.

Essa
desculpa só convence quem acredita que a Prefeitura se movimentou para aprovar
a redução do leite em pó no Conselho de Alimentação Escolar, sem ter nenhuma
intenção de utilizar essa deliberação depois.

Quando
os sindicatos denunciaram que o corte de 20% no leite em pó foi aprovado no
CAE, Greca usou as redes sociais para anunciar que não reduziria a quantidade e
acusou as entidades de terem cometido fakenews. Agora, com a divulgação desse ofício, é fácil provar quem estava
mentindo.

A
garantia de manutenção de 1 kg de leite em pós nos kits de alimentação também foi
debatida na última reunião do Conselho de Alimentação Escolar, realizada na
última quinta-feira (1). Os sindicatos
cobraram mais transparência nas decisões e debates do Conselho, com a garantia
de gravação e divulgação da ata das reuniões.
Também cobraram mais rigor na
fiscalização da montagem para evitar que faltem kits novamente ou que ocorram
novas substituições indevidas.

Fiscalização

Em
setembro, os kits de alimentação vieram com 1 kg de leite em pó, confirmando o
recuo da gestão. Entretanto, Greca tirou o litro de óleo que estava previsto e
substituiu por mais 1kg de feijão, sem nenhuma justificativa.

A
próxima entrega de kits começa no dia 19 de outubro. Estaremos alertas para fiscalizar
e cobrar que o direito à segurança alimentar de nossos estudantes seja
respeitado!

A composição dos kits de alimentação deve ser igual em todas
as unidades, com os itens previamente acordados no
Conselho de Alimentação Escolar. Caso seja necessária alguma substituição,
precisa ser realizada por um produto equivalente.

Na última reunião do CAE, a Prefeitura afirmou que o número de famílias que buscam os kits tem aumentado a cada entrega! Isso mostra como é importante manter a qualidade nutricional dos kits para contribuir com a segurança alimentar dos estudantes. Ainda que a alimentação escolar não garanta por completo todas as refeições e nutrientes que nossos alunos precisam, é uma política educacional de extrema importância, principalmente em meio à pandemia!

Confira a resposta da PMC