Sindicatos cobram posicionamento da SME sobre intolerância religiosa

Na última sexta-feira (11), o
vereador Ezequias Barros, que quer se reeleger em 2020, revelou sua
intolerância religiosa e o preconceito, principalmente, com religiões de
matrizes africanas ao postar um vídeo no qual expõe uma professora de ensino
religioso da rede e
incita as famílias dos alunos a denunciarem a docente e a aula
.

O SISMUC e o SISMMAC enviaram um ofício para a
Prefeitura exigindo a defesa da professora exposta diretamente no vídeo
publicado pelo vereador e um posicionamento
a respeito da crítica ao conjunto dos professores e ao
ensino sobre religiões.

Em seu discurso, o vereador ataca o conjunto dos
trabalhadores da educação e todo o trabalho que, sob muita dificuldade, vem
sendo realizado durante a pandemia. Para além de criminalizar e intimidar
as professoras e professores que são comprometidos com a formação crítica de
seus alunos, falas como essa inibem o ensino de conteúdos importantes para a
formação humana.

Apesar de ter sinalizado para a
equipe de ensino religioso que tomaria as devidas providências, a postura
adotada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) após a publicação do vídeo,
na qual pede, via mensagem, para que as professoras e professores deixem de
lado o vídeo produzido pelo vereador e foquem no trabalho
que têm pela
frente, não é a melhor forma de lidar com o problema. atitude da SME mostra como o
ambiente de trabalho do funcionalismo municipal é repleto de atitudes que abrem
espaço para o assédio moral.

Confira o ofício em breve.

O
que Ezequias tem feito pela educação?

É importante ressaltar o que o
vereador Ezequias priorizou em seu mandato e, diga-se de passagem, não foi a
educação
e a formação dos estudantes da rede pública de ensino. Ele,
inclusive, votou a favor em todos os projetos que retiravam direitos dos servidores
públicos e, consequentemente, pioraram a qualidade da educação da cidade, como
o congelamento dos salários e das carreiras.

E apenas no ano de 2020, que
ainda não terminou, destinou R$ 348 mil para asfalto em emendas individuais.
Além disso, durante a pandemia de Covid-19, o vereador contribuiu para
aprovação do empréstimo de R$ 60 milhões
que a Prefeitura fez para asfaltar 400km, aumentando o endividamento da cidade
com o Banco do Brasil, e votou a favor do auxílio emergencial extra de R$ 180
milhões para as empresas do transporte coletivo, sem garantia de medidas de
proteção para os usuários.

Em 2017, Ezequias juntamente com
os vereadores Thiago Ferro e Osias Moraes protocolaram na Câmara o projeto que
instituía a Lei da Mordaça na rede municipal de ensino de Curitiba. A
proposta, inconstitucional, foi derrotada repetidas vezes em todo o Brasil e
também em Curitiba, com a ajuda dos Sindicatos.