Bandeira amarela: o perigo não passou. Retorno das aulas só com vacina

Esta
semana, o desprefeito Greca decretou a bandeira amarela em Curitiba –
que é o nível mais baixo de alerta na pandemia – e com isso
reabriu estabelecimentos e atividades na cidade. Então, não será
surpresa se em breve Greca tentar retomar as aulas presenciais em
Curitiba,
mesmo sem garantir as condições de saúde necessárias
para proteção dos alunos e seus familiares.

Com
a bandeira amarela, o desprefeito tenta dar um ar de normalidade à
cidade. Na verdade, é uma tentativa de maquiar a realidade, afinal,
o perigo representado pelo coronavírus ainda não passou!

O
vírus continua circulando: todos os dias são registradas novas
mortes e centenas de infecções, o sistema público de saúde
continua sobrecarregado, os servidores da linha de frente estão se
arriscando e trabalhando até a exaustão para salvar vidas.

Então,
por que o desprefeito quer fazer com que a população acredite que
está tudo sob controle? Essa é só mais uma das medidas
eleitoreiras de um político que investe mais em propaganda e asfalto
do que em saúde para a população. Quantas vidas mais Greca está
disposto a sacrificar para continuar mostrando um
mundo-de-faz-de-conta para angariar votos?

É
fato que o número de casos diários diminuiu um pouco, mas ainda
assim, a média tem sido de mais de 400 casos diários. São pessoas
que estão com a vida em risco, que podem depender de hospitalização
e até de UTI. Com certeza, nenhum pai gostaria de ver seus filhos
nessa situação, não é mesmo? Tampouco ver o vírus trazido da
escola infectar toda a família.

Volta
às aulas segura só com vacina!

Os
sindicatos têm participado dos debates travados no Comitê de Volta
às Aulas, que voltou a se reunir nesta segunda-feira (17). Na
reunião, o SISMUC e o SISMMAC reforçaram a campanha de que o
retorno só deve acontecer quando houver vacina para controle do
vírus.

A
falta permanente de profissionais, sejam inspetores, professores do
magistério ou da educação infantil, as estruturas antigas de
diversas unidades, salas superlotadas e o transporte escolar foram
algumas das questões levantadas pelas entidades que representam os
trabalhadores para evidenciar a inviabilidade de retomar as aulas
presenciais.

Mesmo
quando tivermos uma vacina, a administração municipal ainda
precisará adequar tanto os locais de trabalho quanto o número de
trabalhadores, que precisa aumentar substancialmente, para se adequar
aos protocolos estabelecidos.

Vale
ressaltar ainda que os integrantes do comitê, em sua maioria, também
são contrários ao retorno das aulas presenciais neste momento. No
entanto, essa decisão não sairá desse espaço, mas caberá às
autoridades sanitárias.

A
comunidade escolar também já está se pronunciando contrária ao
retorno presencial das aulas. Na última semana, as direções do
SISMUC e do SISMMAC visitaram escolas, CMEIs, UEIs e as demais
unidades para conversar com mães, pais e responsáveis dos alunos da
rede municipal para saber qual é a opinião deles sobre o possível
retorno às aulas presenciais sem segurança. Os depoimentos deles no
vídeo abaixo deixam claro que o retorno só será aceito com
segurança. Ou seja, só com vacina.

Mas, na minha escola ou CMEI, os pais estão pressionando pela volta às aulas!

Embora a maioria da comunidade escolar seja contrária ao retorno das aulas durante a pandemia, ainda há aqueles que pressionem pelo retorno, seja pela desinformação da real gravidade da questão ou seja pela necessidade de trabalhar e ter com quem deixar os filhos.



Mas, em meio a essa preocupante crise sanitária, a vida tem que ser colocada em primeiro lugar. Esse é o momento de conversar e esclarecer a comunidade escolar. Será que os pais continuarão dispostos a arriscar a saúde dos seus filhos se souberem dos riscos reais?



Se o desgoverno Greca atua de forma irresponsável, tentando minimizar os impactos da pandemia, precisamos demonstrar que o risco ainda não passou. O retorno às aulas só vai ser seguro quando houver vacina!