Bilhões para os ricos, miséria para os trabalhadores

De março até agora já são quase 100 mil pessoas mortas e
mais de 2 milhões de contaminados pelo novo coronavírus no Brasil. E o governo
Bolsonaro, desde o início da pandemia, fez de tudo para não combater a doença.
Veja:

É CONTRA O
ISOLAMENTO:
é a única forma de diminuir a contaminação pelo vírus.
Bolsonaro quer que os trabalhadores fiquem na mira do vírus para garantir o
lucro dos patrões. Para ele, tudo deve continuar funcionando durante a pandemia.
Fábricas, comércio,
e bancos ficam abertos e que se lasquem os trabalhadores que estão sendo
contaminados.

É CONTRA O SUS:
o Sistema Único de Saúde é uma conquista da luta dos trabalhadores no Brasil,
um sistema público que tem sido atacado pelos diversos governos. Mas se não
fosse o SUS, a situação da saúde estaria muito pior. O governo Bolsonaro mente
ao dizer que o investimento para o combate a COVID-19 está chegando em todas as
regiões do Brasil. O governo até agora gastou menos de 30% dos R$39,3 bilhões
que diz ter destinado no combate à doença.

Bilhões para os ricos, miséria para os trabalhadores

O governo liberou mais de R$ 1 trilhão para os bancos
faturarem em negociações de grandes empréstimos e liberou mais crédito para as
empresas que seguem demitido em massa. Nos primeiros dois meses de pandemia no
Brasil mais de 1 milhão de trabalhadores foram demitidos. O desemprego já
atinge 40 milhões entre os que foram demitidos durante a pandemia e quem já
está há tempos procurando trabalho.

O governo Bolsonaro criou Medidas que liberam os patrões
para demitir e reduzir salários, como a MP 927 e 936. Com isso, os
trabalhadores além de receber bem menos, também seguem sem nenhuma garantia de emprego. O governo diz
que garantiu o auxílio emergencial de R$ 600,00 para quem está sem renda, mas
na verdade esse auxílio só saiu pela pressão dos Sindicatos, centrais sindicais
e diversos movimentos de luta.

O governo era contra o auxílio, depois queria pagar só R$
200,00, por conta da pressão aumentou para os míseros R$ 600,00. Agora diz que
vai criar um novo programa de renda para tentar enganar que está preocupado com
quem nada tem.

Demitem, reduzem salários e comemoram

A Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país quer demitir
mais de mil trabalhadores em suas empresas em Cubatão/SP e Ipatinga/MG. Na
Baixada Santista, já são mais de 300 trabalhadores demitidos e a usina quer
reduzir os salários de quem ficou. Em Minas, quer demitir mais de 90% dos
trabalhadores na Usiminas Mecânica, o que significa colocar no olho da rua mais
de 700 trabalhadores.

Os Sindicatos dos Metalúrgicos, juntos com a Intersindical, estão
na luta contra mais esse ataque da siderúrgica que nos últimos dias divulgou
que vai elevar seu plano de investimentos de R$ 600 para R$ 800 milhões. A
Renault, montadora francesa, demitiu mais de 700 trabalhadores em São José dos
Pinhais/PR. Contra as demissões, os metalúrgicos estão em greve desde o dia 22
de julho lutando pelos empregos.

Governos capachos dos patrões atacando ainda mais os
trabalhadores

Junto com o governo genocida de Bolsonaro, governadores e
prefeitos de vários estados e cidades estão liberando a abertura de tudo, o que
significa ampliar ainda mais a contaminação dos trabalhadores pelo novo
coronavírus.

Para atender os interesses de lucros dos patrões, o governo
Bolsonaro e vários governos estaduais e municipais estão ampliando a
terceirização dos serviços públicos e as privatizações, piorando ainda mais o
acesso da população trabalhadora a serviços de saúde, educação, assistência social, saneamento,
correios. Piora o atendimento para os trabalhadores ao mesmo tempo em que
entrega para as empresas privadas tudo o que é público e pode se tornar fonte
de lucro.

Agora, querem colocar também na mira do vírus os filhos da
classe trabalhadora: é isso o que a reabertura das escolas durante a pandemia
representa. Além dos professores e demais trabalhadores da Educação vão colocar
na mira do vírus crianças, jovens, os adultos e idosos que convivem com os
alunos.

São vidas que estão sendo eliminadas, são direitos e
empregos que estão sendo exterminados

Difícil quem não conheça alguém que perdeu uma pessoa
querida nessa pandemia. E mesmo que você não conheça ninguém que morreu, eles
fazem parte da sua vida como classe trabalhadora, pois a maioria que está
morrendo no Brasil e no mundo são trabalhadores, são os mais pobres.

É preciso reagir. Mais do que não ser indiferente, é preciso
se levantar e ir à luta com as organizações comprometidas com os trabalhadores
para enfrentar esse massacre que tira vidas, direitos, empregos. É só lutando
contra os ataques dos patrões e seus governos que podemos defender as nossas
vidas e nosso direitos.

Lutar para garantir a vida, os direitos e empregos

Hoje em todo país, manifestações estão acontecendo denunciando o genocídio provocado por esse governo e em defesa da vida, dos direitos e empregos da classe trabalhadora. É só na luta do conjunto dos trabalhadores que estão empregados e desempregados que podemos impedir mais mortes, mais demissões, o arrocho nos salários e a retirada de direitos.