A cada dia, surgem novos relatos de surtos de infecção por
Covid-19 nos equipamentos da Prefeitura. E da mesma forma como vem acontecendo
desde o começo da pandemia, a gestão não demonstra muita boa vontade para
organizar formas de proteger a vida e a saúde dos servidores.
Em menos de um mês, o Cadastro técnico na Secretaria de
Urbanismo, localizado no Edifício Delta, já teve três casos confirmados. E a
escala presencial adotada hoje não é suficiente para evitar que o vírus se
propague entre os demais trabalhadores. Pela organização atual, são pelo menos seis servidores
presencialmente no mesmo ambiente que não garante o distanciamento adequado
entre os trabalhadores.
E mesmo com tantos casos no mesmo local de trabalho, os
demais servidores não foram sequer testados. Nem os EPIs adequados foram
fornecidos, já que cada servidor recebeu apenas uma máscara de tecido.
A reivindicação dos trabalhadores do setor é que essas
escalas presenciais sejam reduzidas a fim de proteger a saúde dos trabalhadores
e dos seus familiares. Só que o desgoverno Greca não parece muito preocupado em
garantir as melhores medidas de proteção para os trabalhadores.
Se não bastasse a grave ameaça à sua saúde, os servidores
ainda convivem com as práticas de assédio moral. Ao invés de proteger os
trabalhadores, as chefias só estão preocupadas em garantir a produtividade e
contribuem para o adoecimento mental dos servidores. O SISMUC já oficiou a
secretaria de Urbanismo e a secretaria de Recursos Humanos e de Planejamentos e
Administração de Curitiba buscando esclarecimentos e resolução da denúncia
apresentada.
A trágica perda de três trabalhadores da Fundação de Ação
Social (FAS) reacende o alerta para a necessidade de medidas efetivas para a
proteção dos servidores. Os sindicatos em conjunto com os trabalhadores vêm
lutando para garantir as condições de trabalho adequadas e as medidas de
proteção necessárias. No entanto, a gestão finge não ver os problemas e quer
empurrar tudo para debaixo do tapete.
Enquanto
na ponta os servidores estão adoecidos, o desprefeito Greca torra o dinheiro
público em asfalto e propaganda. De que adianta alardear a inauguração de
obras, quando o que a população de Curitiba mais precisa, que é acesso aos
serviços públicos durante a crise sanitária, está sendo prejudicada pela sua
gestão irresponsável? Com servidores adoecidos quem vai atender a população?
Mas, se Greca acha que vai conseguir esconder os problemas
com propaganda, está muito enganado! Nós seguimos firmes no grito conjunto:
Vaza, greca!