Situação precária das UPAs coloca servidores e população em risco

A precarização do sistema de saúde público orquestrada por
Greca desde o início do seu mandato resulta hoje em condições muito delicadas
para o enfrentamento da pandemia na linha de frente. As Unidades de Pronto
Atendimento – que o desprefeito tenta a todo custo precarizar para terceirizar
– estão num cenário que é desolador.

Com a falta de estrutura organizada, equipe desfalcada e
medidas que colocam ainda mais em risco os trabalhadores da enfermagem, os
trabalhadores enfrentam um dia a dia de muita pressão e muito medo.

Estrutura precária

Na UPA Boa Vista, o que deveria ser o isolamento do setor
Covid-19, está sendo feito de forma precária, com lonas. A situação é muito
semelhante ao que já foi denunciado com relação à UPA Cajuru.

Vale lembrar que recentemente a Organização Mundial da Saúde
(OMS) reconheceu que o coronavírus pode ser transmitido pelo ar, como aerossol,
o que reforça a importância do isolamento adequado entre as alas de atendimento
à Covid-19.

E não há nada que justifique esse improviso por parte da
Prefeitura, já que desde o início da pandemia o SISMUC alertava que era preciso
medidas de proteção para evitar o contágio pelo ar.

O adequado seria o isolamento que garantisse controle de
ventilação, para evitar que o ar do setor contaminado se espalhe pelo restante
da unidade.
Ainda mais considerando o tipo de ventilação das unidades que
saúde, com janelas basculantes que não favorecem a troca de ar.

A falta de isolamento adequado, aliado à falta de EPIs, faz
com que muitos dos servidores de fora da ala Covid estejam sendo contaminados.

É o que acontece por exemplo na UPA Fazendinha, unidade de Saúde Moradias da Ordem, que tiveram vários casos
positivos de servidores que estão no atendimento geral. Isso porque os EPIs
completos só estão sendo fornecidos para aqueles trabalhadores que estão no
Covid, só que os demais também estão circulando por ambientes e tendo contato
com pacientes potencialmente contaminados e sem a proteção adequada.

A política do desprefeito de tirar dinheiro da saúde para
investir em asfalto agora cobra seu preço, com servidores ameaçados pelos
riscos de contágio e a população desassistida.

Por isso, estamos na luta pelo lockdown, única forma de
conter o avanço do vírus e salvar vidas! Seguimos firmes na luta em defesa da
vida e da saúde dos trabalhadores.