Três meses de coronavírus em Curitiba: como enfrentamos a pandemia?

No dia 11 de março, a Organização
Mundial da Saúde decretou a pandemia do novo coronavírus, dando o alerta do
alto potencial do vírus de se espalhar pelo mundo todo. No dia seguinte, foram
confirmados os primeiros casos em Curitiba.

Agora, pouco mais de três meses
da presença do vírus em nossa cidade, a Prefeitura emite o alerta laranja,
confirmando a tendência de aumento dos casos que os sindicatos e os
trabalhadores do serviço público já vinham alertando desde o início da
flexibilização do isolamento social e da reabertura de atividades não
essenciais.

E como tem sido o enfrentamento da pandemia por aqui? Preparamos
uma linha do tempo para relembrar a trajetória de lutas até aqui.

Para os trabalhadores e os
sindicatos, é momento de luta permanente por condições de trabalho mais
adequadas e medidas que protejam a saúde e a vida. Essa defesa é a prioridade das
denúncias e cobranças feitas pelos sindicatos diante dos governos que insistem
em colocar os lucros acima das vidas.

Essa pressão no início da pandemia
foi fundamental para que houvesse a suspensão das aulas e de outros serviços
não essenciais para evitar a propagação desenfreada do vírus. Também garantiu medidas
de proteção para servidores da linha de frente e o afastamento de servidores do
grupo de risco.

Mas, os problemas do desgoverno para
enfrentar essa crise também apareceram logo. Para os servidores da linha de
frente, faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e condições de
trabalho para reduzir riscos de contágio. Servidores acima de 60 anos voltaram
a ser expostos ao risco desnecessariamente. Economicamente, muitos servidores também estão
sendo afetados, como é o caso dos cortes de contrato dos RITs.

Enquanto isso, com baixo número de testes, a cidade vivencia
uma alta taxa de subnotificação desde o início da circulação do vírus.

Com tanto descaso por parte do desgoverno Greca, que
continua mais preocupado com sua reeleição do que em proteger a vida dos
servidores, o cenário vivenciado hoje já era previsível: aumento acelerado dos
números de casos e sobrecarga do sistema de saúde pública. Esse mesmo sistema
de saúde pública que é vítima dos ataques desse desgoverno desde o início da
gestão.

Olhar para as lutas travadas até
aqui é importante para nos dar forças para seguir lutando. É com denúncias e
união dos servidores que podemos cobrar que a gestão assuma sua
responsabilidade na proteção da saúde e da vida dos servidores municipais.