Aulas presenciais da rede municipal seguem suspensas até 2 de agosto

As aulas presenciais da rede municipal de ensino foram
suspensas por mais um mês, conforme alteração no decreto 779/2020, publicada
nesta segunda-feira, 15 de junho. Agora, as atividades pedagógicas
presenciais estão suspensas até o dia 2 de agosto.

A alteração também prevê que atividades de formação
continuada e da semana de estudos pedagógicos sejam realizadas a distância. No
entanto, a Prefeitura ainda não deu informações de como esse evento será
realizado remotamente.

Este é
o quarto decreto que trata da suspensão das aulas presenciais desde o
início do estado de emergência no município, situação que restringiu as atividades
presenciais em toda cidade. O último decreto previa o retorno em 2 de julho.

Com o crescimento acelerado do número de casos e risco sério
de colapso no sistema de saúde, adiar o retorno das aulas presenciais era uma
medida urgente e necessária. Porém, mais uma vez essa medida é tomada sem
diálogo com os trabalhadores da educação.

Esse é o momento de debater a suspensão do calendário escolar e flexibilização
das 800 horas. Afinal, a educação pública não pode ser mantida nesse
faz-de-conta em que a preocupação de vencer a carga horária se sobrepõe à
qualidade da educação e à preocupação com a saúde mental dos trabalhadores e
estudantes.

Sindicatos exigem
reunião com SME

O decreto 779/2020 também prevê que atividades de gestão
podem ser desenvolvidas pelos gestores nas unidades de acordo com determinações
da Secretaria Municipal da Educação (SME). No entanto, as entregas e recolhimento das atividades
complementares e a convocação das direções das unidades escolares para
comparecer em dias alternados em suas unidades para viabilizar a higienização
são contrárias à restrição do funcionamento geral dos espaços da cidade,
previstas no Dec. 774/2020.

Por isso, as direções do SISMUC e do SISMMAC enviaram um
ofício nesta segunda-feira (15) solicitando uma reunião com a SME debater a
melhor forma de organizar a limpeza das unidades e exigir a suspensão da
entrega presencial das atividades complementares para que não se agrave mais
ainda o quadro de contaminação em Curitiba.