O
SISMUC realizou visitas em unidades escolares na manhã da
segunda-feira (15), para acompanhar o trabalho dos servidores na
entrega dos kits de alimentação
e atividades pedagógicas complementares para as famílias de alunos.
Várias categorias têm denunciado situações irregulares no
trabalho presencial neste momento de pandemia, que vão desde a
entrega precária de equipamentos de proteção individual (EPIs), à
convocação apenas de alguns trabalhadores. Há também denúncias
de servidores terem que descarregar os kits de alimentos.
Em
alguns locais, o SISMUC constatou que estavam todos auxiliares de
serviços escolares e agentes administrativos no trabalho de entrega
e poucos professores. Apesar da orientação da Secretaria Municipal
de Educação para que sejam feitas escalas com rodízio dos
trabalhadores, não foi isso que o sindicato encontrou. No início da
manhã, apenas auxiliares e agentes administrativos estavam nos
equipamentos visitados.
rante
as visitas na Regional do Boa Vista, o Sindicato se deparou com a
atitude antissindical da direção de um dos equipamentos. De forma
desrespeitosa, a direção da escola questionou a presença dos
diretores sindicais na unidade, em uma demonstração de assédio
moral com os trabalhadores. O Sindicato estava em trabalho de base,
acompanhando os trabalhadores na sua atividade, um direito
conquistado com luta. O SISMUC está tomando as devidas providências
para que esse tipo de atitude da direção não se repita em outros
equipamentos. EPI
Outra
situação que chamou atenção do Sindicato foi a distribuição
apenas de máscaras de tecido para os trabalhadores, álcool em gel, luvas e
poucas máscaras face shield, que estavam sendo usadas apenas pela
direção da escola.
A
face shield é um equipamento que garante mais proteção para o
trabalho de atendimento que os auxiliares e administrativos estão
fazendo neste momento, e eles não receberam. Vale lembrar que
máscara de tecido nãoé
EPI! De acordo com a
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as máscaras de tecido
não têm eficiência comprovada, servem apenas para diminuir a
disseminação docoronavírus
por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas. Por isso,
as máscaras de tecido não devem ser utilizadas por profissionais
que estão em contato direto com a comunidade como substituição do
equipamento de proteção adequado.
Escala
O
Sindicato tem recebido
muitas denúncias sobre a convocação apenas de auxiliares ou
administrativos para o trabalho presencial em escolas e Centros
Municipais de Educação (CMEI) durante a pandemia, e isso não está
correto. Deve haver um rodízio de todos os trabalhadores do
equipamento para evitar maior risco de contaminação pelo novo
coronavírus para algumas categorias. A própria SME orienta para que
sejam feitas escalas, mas algumas chefias não têm se sensibilizado
com a situação, convocando apenas alguns servidores.
Curitiba
está com Alerta Laranja, o que restringe várias atividades na
cidade, e em alguns equipamentos o mesmo servidor está sendo
convocado para ir mais de uma vez na semana para trabalho presencial.
Isso poderia ser evitado se houvesse escalas com todos os
trabalhadores da unidade.
A
última edição do Fala, servidor trouxe a denúncia sobre a
convocação apenas de auxiliares de serviços escolares e agentes
administrativos em uma escola. Foram nove vezes que a situação
aconteceu, sem que seja iniciada uma escala incluindo todas as
categorias.
Estamos
atentos, e realizando visitas nos locais de trabalho sempre que
solicitado, para acompanhar as condições de trabalho nos
equipamentos.
O
trabalho dos servidores municipais é de extrema importância para a
sociedade e precisa ser valorizado e respeitado! Não podemos deixar
que a pandemia retire direitos dos trabalhadores.
Alimentos estragados
Durante as visitas, o Sindicato também constatou que alguns alimentos que estavam nos kits de alimentação estavam estragados. A situação foi denunciada ao Conselho de Alimentação Escolar (CAE). É um absurdo que a gestão permita que alimentos sem condições sejam fornecidos!
A entrega dos kits de alimentação durante a pandemia é para compensar a ausência da alimentação escolar fornecida no período de aulas presenciais. Oferecer alimentos sem condições é uma situação inaceitável.