Fala, Servidor: desorganização de algumas direções escolares prejudica auxiliares

Muitos trabalhadores não estão podendo
se manter em isolamento social neste momento de situação de emergência para
combate e enfrentamento ao novo coronavírus. Além dos serviços considerados
essenciais, esse também é o caso das unidades escolares, que tem realizado um importante
trabalho de distribuição de alimentos para a população em vulnerabilidade
social.

Com
a suspensão das aulas presencias, a secretaria municipal da Educação (SME) tem
convocado os servidores para trabalho presencial. Apesar da orientação da Secretaria
para que seja feita uma escala de rodízio entre os servidores, incluindo todas
as categorias, em alguns equipamentos isso não vem acontecendo.

O
Fala, Servidor dessa semana traz o caso da auxiliar de serviços escolares
Alzira, que trabalha em uma escola onde, contrariando a orientação da própria
SME,
somente os inspetores estão sendo chamados para fazer a impressão e entrega
dos kits de atividades e de alimentação.
Como essa convocação é feita com rodízio dos servidores, na prática significa
mais tempo de exposição dos auxiliares de serviços escolares têm sido chamados para o trabalho presencial.

Além do risco de contaminação no próprio
local de trabalho, os servidores também ficam expostos no deslocamento até a
unidade, muitas vezes pelo transporte público que não garante o distanciamento
mínimo de 1,5m entre as pessoas. Com a reabertura do comércio, o transporte público de Curitiba está
cada dia mais lotado, e a Prefeitura, que sempre beneficia os grandes empresários
do transporte, finge não ver a situação.

E
isso, sem contar que os trabalhadores das unidades escolares, mesmo em contato
direto com a comunidade, não receberam os equipamentos de proteção
individual (EPI) adequados
. A administração tem encorajado o uso de máscaras
de tecido, o que não é adequado. Essa medida tem colocado nas costas dos
trabalhadores a responsabilidade pela sua própria proteção.

O
SISMUC já apresentou a denúncia para a SME em reunião presencial. O trabalho
presencial em escolas e centros municipais de educação (CMEIs) deve ser
realizado por todos profissionais do equipamento, é necessário também levar em consideração e não
convocar aqueles que possuem comorbidades
. A gestão não pode fazer diferenciação
entre as categorias!

Em atendimento à reivindicação feita
pelos sindicatos, a própria secretaria orientou para que as direções organizem
escala com todos os profissionais da unidade para realizar o trabalho
presencial, previsto no Decreto 430/2020.

Se na sua unidade escolar isso estiver
ocorrendo, denuncie pelos canais do sindicato
. Em meio a pandemia é preciso
preservar a vida dos trabalhadores. Não há necessidade de colocar todos em
risco. Apesar da situação provocada pela Covid-19 ser uma novidade, o bom senso
deve nortear as ações na gestão pública para proteger a vida dos trabalhadores!