Fique de olho, máscaras de pano não substituem EPIs respiratórios!

Virou
rotina. Todo domingo à noite tenho crises de ansiedade, insônia,
taquicardia, agitação…”

Estou
tendo que adquirir meu próprio material [de proteção] e o da minha
família.”

O
medo do morador e o meu são o mesmo. Ele não quer ser infectado por
mim, e eu não quero ser infectado por ele. Não temos como exercer
com eficiência um trabalho de excelência.”

Os
depoimentos retirados da pesquisa “A pandemia de Covid-19 e os
profissionais de saúde pública no Brasil”, realizada pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV) a nível nacional, representa
angústias dos profissionais de todo o Brasil. A pesquisa indica que
uma grande porcentagem dos trabalhadores da saúde não se sentem
preparados para o combate à Covid-19, e o medo de ser contaminado
atinge mais de 80% deles.

Os
dados alarmantes representam uma realidade nacional, mas os relatos
que recebemos desde o início da pandemia mostram que a insegurança
e a insatisfação têm feito parte do cotidiano dos profissionais da
linha de frente em Curitiba. E isso, não é à toa! Os Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs), que deveriam trazer mais segurança
para os trabalhadores, tem sido muitas vezes, um pesadelo.

Alegando
dificuldade em conseguir os equipamentos, a Prefeitura começou a
distribuir máscaras de tecido para servidores da assistência
social, guardas, fiscais, e até mesmo enfermeiras! O discurso da
administração é contraditório, pois por um lado, alega que mantém
o estoque de EPIs cheio, e do outro, realiza assédio moral para que
os trabalhadores se responsabilizem pela sua própria segurança.

A
utilização de máscaras de tecido vai contra TODAS as recomendações
dos órgãos responsáveis. Em nota técnica a Anvisa deixa claro que
os trabalhadores da saúde ou profissionais que tenham contato com
pessoas infectadas não devem usar as máscaras de tecido. Sem testes
para todos que apresentam sintomas e com um grande número de
assintomáticos como os servidores que atendem a comunidade vão
ficar seguros?

Ainda
de acordo com a Anvisa as máscaras de tecido devem ser trocadas em
no máximo três horas. Um trabalhador da FAS que teve que comprar
sua própria máscara teria que realizar a troca pelo menos duas
vezes durante o dia, utilizando 10 máscaras na semana. O mesmo
acontece com os Agentes de Combate às Endemias que receberam apenas
uma máscara de tecido para a semana toda. E também os fiscais, que
receberam uma máscara descartável desde o início da pandemia.

Os
trabalhadores têm se virado como podem, mas é dever da Prefeitura
distribuir os EPIs corretos. Já são mais de 1100 infectados
confirmados por testes em Curitiba, será que a gestão só vai tomar
providências quando os trabalhadores começarem a adoecer? Nós não
podemos deixar isso acontecer!

Por
isso, se você ainda está usando máscaras de tecido no seu
trabalho, denuncie no canal Fala, Servidor! através do WhatsApp (41)
9661-9335. Com a força das denúncias continuaremos cobrando a
Prefeitura para que realize seu trabalho!

Por que não recomendamos o uso das máscaras de tecido?

As máscaras de tecido não têm eficácia comprovada, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) servindo apenas para diminuir a disseminação do Coronavírus por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas. Sendo assim, elas não servem como equipamento de proteção, permitindo que quem a usa se contamine da mesma forma. Por isso, as máscaras de tecido não devem ser utilizadas por profissionais que estão em contato direto com a comunidade como substituição do equipamento de proteção adequado.



As máscaras de tecido não têm controle de fabricação, não há vedação e por não serem descartáveis aumenta a possibilidade de contágio durante a manipulação. O uso incorreto pode gerar uma falsa sensação de proteção e aumentar ainda mais o contágio.

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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