SME enrola e não recebe sindicato para tratar do trabalho remoto

Os servidores municipais têm tido muitas dúvidas com relação
às regras do trabalho remoto. Com a omissão e falta de instruções por parte da
gestão, essas dúvidas são cada vez maiores. A retomada das atividades na
educação, com ensino não presencial, tornou a situação ainda mais confusa para
os servidores da educação.

A direção do SISMUC está cobrando diálogo com a Secretaria
Municipal de Educação (SME), desde o início de abril, para esclarecer as
dúvidas sobre as atividades dos professores de educação infantil e apoio
pedagógico.
Além disso, o Sindicato tem recebido denúncias dos auxiliares de
serviços escolares e auxiliares administrativos, categorias que a Prefeitura
ainda não se posicionou sobre as atividades.

Na manhã de hoje (24), a direção do sindicato foi até a SME
cobrar esse diálogo com a gestão.
No entanto, só foi informada de que a
secretaria daria o retorno até o meio dia de hoje para agendar a reunião. Mais
uma vez, a gestão seguiu enrolando e até o momento não marcou a conversa.

Enquanto isso, as dúvidas e as incertezas crescem na base.
Como podemos imaginar minimizar os efeitos da pandemia na educação pública se o
desgoverno Greca se recusa a construir uma solução conjunta com a categoria?
É
importante destacar que a gestão não aguardou um posicionamento oficial do
Conselho Nacional de Educação antes de dar início às aulas e por isso, o
caminho tomado pelo desgoverno continua cheio de ambiguidades.

Falta de EPIs para trabalhadores em atividade

No meio da desorganização para as atividades escolares durante
a pandemia, a Prefeitura colocou a necessidade de que os trabalhadores da
educação organizem a impressão de atividades para serem disponibilizadas às
famílias que não têm acesso aos meios virtuais. Então, a Secretaria Municipal
de Educação garantiu que já tinha antecipado verbas do fundo rotativo para que
as escolas e CMEIS comprassem os EPIS para os auxiliares de serviços escolares
que estão trabalhando nessa função.

Hoje mesmo o SISMUC recebeu denúncia de que no Núcleo do
Boas Vista não há dinheiro para a compra de EPIs.
Assim, os trabalhadores
recebem a cobrança para que os trabalhadores da educação comprem seu próprio
material de proteção individual, indo inclusive contra a determinação de que o patrão é responsável por fornecer o material de proteção para os trabalhadores.

Mais um exemplo de que não dá para confiar na palavra da
gestão, quando tenta vender uma imagem de tranquilidade, afirmando que está
tudo sob controle. Enquanto isso, os trabalhadores convivem todos os dias com
os problemas causados pela falta de organização. Por isso, vamos seguir pressionando
a gestão, para que os direitos dos trabalhadores sejam garantidos em meio à
pandemia.