SISMUC não concorda com substituição de EPIs por máscaras de tecidos

Na última quarta-feira (8) o SISMUC esteve presente em uma
reunião realizada com a Secretaria Municipal de Administração e Gestão de
Pessoal (SMAP) em conjunto com o SISMEC e o SIGMUC. O encontro foi
solicitado pela gestão para informar os sindicatos sobre a dificuldade de
conseguir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os servidores
do município. Como saída para este problema a administração propôs que
servidores da FAS e da Guarda Municipal (GM) utilizassem máscaras de tecido, ao
invés das máscaras descartáveis ou N95.

Além de não ter eficácia comprovada, de acordo com a Sociedade
Brasileira de Infectologia (SBI) as máscaras de tecido servem apenas para
diminuir a disseminação do Coronavírus por pessoas assintomáticas ou
pré-sintomáticas. Sendo
assim, elas não servem como barreira de proteção, permitindo que quem a usa se
contamine da mesma forma
. Por isso, as máscaras de tecido não devem ser utilizadas por
profissionais que estão em contato direto com pessoas infectadas como
substituição do equipamento de proteção adequado

A partir dessas considerações, entendemos que os servidores
da FAS, assim como a GM, também
se encontram na linha de frente do combate ao Covid-19 e, prezando pela vida e
segurança destes trabalhadores, a posição do SISMUC é de que a Prefeitura
precisa continuar realizando esforços para garantir os equipamentos adequados
para estes servidores.
O Sindicato, assim como os trabalhadores não
devem aceitar propostas que somente tranquilizam o imaginário da Prefeitura e
que não trazem a segurança devida aos trabalhadores.

A
importância dos EPIs para a proteção no combate ao Covid-19 não pode ser
contestada. Porém, junto com a utilização dos equipamentos, outras normas devem
ser empregadas, como o manuseio adequado da proteção individual, o
distanciamento social, a higiene das mãos, objetos e das próprias unidades.
Além de negligenciar a compra destes materiais, a Prefeitura ainda não proporcionou nenhum tipo de
treinamento para os servidores sobre a utilização dos EPIs.

Em
locais como na FAS, os servidores têm contato direto com possíveis portadores
do vírus, e necessitam de melhores condições. É necessário que sejam tomadas providências que
vão além da proteção individual, mas que também levam em consideração a proteção coletiva.

Entre as soluções que o SISMUC tem cobrado para que a Prefeitura realize estão: a compra de mais
produtos de higiene, a contratação de mais trabalhadores para realizar a
limpeza, além da contratação de mais educadores sociais, assistentes sociais,
psicólogos e enfermeiros. Além disso, máscaras descartáveis, máscaras N95,
óculos, avental e toucas.

É somente com esse tipo de providência, que leva em
consideração a vida dos trabalhadores, que iremos conseguir barrar o avanço do
contágio da Covid-19.
Devemos olhar para outros países e aprender com os
erros, mas também com os acertos de cada um. E, embora exista uma compreensão
de que a falta de EPIs é um problema a nível mundial, cabe aos governantes, que
deveriam prezar pela vida da população, prever e antecipar situações como esta.

O SISMUC e o SISMMAC têm trabalhado incansavelmente para
cobrar a Prefeitura e realizar as denúncias que cabem ao sindicato em relação
às condições de trabalho do
funcionalismo durante a pandemia do Coronavírus. Continue realizando suas
denúncias para nós, entre em contato com o SISMUC! Seu relato é muito
importante para que possamos avançar na segurança dos trabalhadores do
município.